Monday 17 May 2010

Um novo conceito de televisão

Na aula de 12 de Maio, a professora optou por nos incitar a ler alguns estudos publicados pela Obercom, relativamente à Sociedade em Rede, do ano 2008. Assim, proponho-me a salientar os pontos principais de uma dessas investigações, que tinha por objecto a televisão e a sua nova identidade.
Tendo esse texto por base, é possível tirar várias conclusões não só relativamente ao conceito de televisão em si, mas também à sua forma de utilização. É sabido que actualmente o espectador tem muito mais poder sobre esta tecnologia e sobre a forma de se relacionar com os seus conteúdos. Não resta qualquer dúvida de que, na designada era digital, o espectador adquire um empowerment que lhe permite programar os conteúdos a seu gosto, ou seja, de acordo com as suas preferências.
Ao mesmo tempo, a televisão deixou de estar associada ao aparelho tecnológico. Agora, com plataformas como o Youtube e com o surgimento de novos media, como o telemóvel (que permite visualizar conteúdos televisivos), o conceito de televisão alterou-se, não se estando a referir exclusivamente a um tipo específico de tecnologia.
Portanto, estas mudanças vêm gerar uma convergência tecnológica, ao termos a possibilidade de desempenhar várias funções em simultâneo com apenas uma tecnologia. A pergunta que se coloca é o que é que se considera ver televisão. Será que visualizar um episódio de uma série no Youtube é ver televisão ou, antes, estar na internet?
De facto, uma das questões mais debatidas na aula passada está relacionada com esta mesma questâo; as pessoas apesar de terem a possibilidade de juntar todos os conteúdos tecnológicos num só media, geralmente, optam por não o fazer. Aparentemente, preferimos ligar o aparelho de rádio para ouvir música e ler o jornal na internet, por exemplo, a exercermos essas duas funções através da internet. Isto é, utilizamos vários aparelhos, apesar de precisarmos de um só. A conclusão que podemos tirar daqui é que talvez exista a necessidade de nos organizarmos mentalmente, de associarmos cada informação diferente ao respectivo media.
Em suma, pode afirmar-se que a televisão possui uma nova identidade, visto que tem vindo a perder o lugar central e agregador que detinha anteriormente, dando lugar a novos padrões de consumo. O que, de facto, podemos prever é um futuro em que este meio de comunicação se reinventa, uma vez que as representações e o papel social do mesmo se estão a alterar, causando também uma mudança no modo como é apropriado pelas pessoas.

Rita Carvalhal Ferreira, nº13030703

4 comments:

  1. Sem dúvida alguma que os consumos televisivos estão numa fase de mudança. Tal como referido, estamos perante uma fase de profundas alterações.
    Várias questões suscitam reflexão. Por um lado, a audiência ganha poder, passando a controlar a grelha de programação, gravando conteúdos e visionando-os às horas que deseja. Estamos, pois, perante uma audiência não passiva mas sim activa e mesmo critica no consumo televisivo. Aliás, podemos destacar a percentagem de cerca de 30% dos inquiridos no estudo desconfiar da credibilidade da informação. Por outro lado, estamos perante uma revolução a nível de plataformas, no sentido em que conteúdos televisivos podem ser visionados noutros media, como é o exemplo do telemóvel ou da Internet.
    Face às problemáticas reflectidas, possuo uma postura positiva em relação a esta matéria indo de encontro a conclusões do estudo da OberCom. Acredito que a televisão, tal como já se adaptou anteriormente a outras mudanças, também irá encontrar uma forma de se reinventar. De relembrar conceitos abordados em aulas. Estamos perante uma influência mútua entre os media, não se trata de uma relação de substituição mas sim de uma relação de complementaridade. Conteúdos televisivos visualizados na Internet podem reencaminhar o utilizador para a própria televisão. E, para além desta interacção entre os media, defendida por Gustavo Cardoso, podemos dizer que a era da cultura convergente (Jenkins) leva a um consumo mais intenso e a uma maior participação. A última edição do programa Ídolos é exemplo de como Internet e Televisão podem ser dois media complementares, e mesmo como as Redes Sociais podem incentivar ao consumo de um programa televisivo.
    Assim sendo, tal como afirma o estudo da OberCom: “a televisão permanece o meio de comunicação mais valorizado pelos portugueses”.

    Joana Almeida (T1)

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  4. Hoje em dia, sentar à frente da televisão deixou de ser algo sagrado. Marcar os compromissos em torno do que ocorre no seu ecrã, não necessariamente, será mais necessário.
    Canais na Internet como Youtube ou Megavideo, permitem que se escolha o horário e momento certo para ver ou até mesmo rever seja a sua novela, filme, etc.
    O estudo apresentado pela OberCom, me faz pensar negativamente em relação ao televisor. A cada minuto uma nova tecnologia chega às mãos dos consumidores, assim fazendo-o ter mais vontade de inovações e novidades. A televisão se inova a cada dia, o espectador pode escolher sua grelha, o horário no qual quer assistir, mas como dito anteriormente, deixou de ser algo sagrado. Sentar-se à frente do ecrã oou com o seu telemóvel em uma sala de espera tem o mesmo valor, para a maioria das pessoas. O que importa é o conteúdo que ali está sendo visto. Como mesmo Gustavo Cardoso afirma que o importante é o objectividade da informação.

    Júlia Carvalho - 139109652

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