Sunday 13 June 2010

Semeando idéias nas redes sociais



Não há dúvidas de que as redes sociais são espaços privilegiados para a divulgação de marca. No atual cenário de interatividade e colaboração no mundo virtual, os consumidores e usuários de conhecimento sentem-se cada vez mais à vontade para opinar e discutir sobre produtos e serviços. Por isso, nenhuma empresa que se considera moderna e integrada às novas mídias pode deixar de prestar atenção no que estão falando sobre ela no meio digital. Mais do que isso, é preciso participar das discussões online para melhorar a percepção da marca e conquistar a confiança do público. 

Seeding é o termo utilizado  para semear ou disseminar informações entre os consumidores nas redes sociais para que eles mesmos repassem essas “sementes” a sua rede de contatos. Uma analogia muito utilizada para explicar a técnica são as abelhas que levam o pólen, depois, espalhado pelos ventos, tornando-se sementes.

A estratégia, que surgiu a partir da necessidade das empresas conversarem com o consumidor, consiste em escrever comentários que gerem alguma mudança de visão ou comportamento na mente do leitor.

Friday 11 June 2010

“Where Local Memories Go In The Global Flow Of News”

O ciclo de conferências The Arts of Mediation decorreu nos dias 17,18 e 19 de Março na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica, em Lisboa. Este evento, que contou com a participação de oradores nacionais e internacionais, tinha por objectivo apresentar várias perspectivas da arte de mediação na sociedade em que vivemos.

A sessão “Where Local Memories Go In The Global Flow Of News”, de Barbie Zelizer tinha como objectivo analisar um estudo de caso.

Numa primeira fase, Zelizer tentou esclarecer o significado de três conceitos relacionados com o tema da conferência: memory, mediation e trauma. Depois disto, analisou estes três conceitos como um todo e percebeu-se que não existia nenhuma ligação entre eles.

Seguidamente, Barbie Zelizer mostrou algumas imagens para introduzir o tema do colapso do comunismo, onde estabeleceu a diferença entre o Este e o Oeste. Relacionado com o tema do colapso do comunismo deu o exemplo da Hungria e das revoluções existentes até se conseguir estabelecer a liberdade dos Media neste país.

Para finalizar a conferência, Barbie Zelizer deixou no ar uma frase que achei bastante interessante: “Through which parameters can, does and should memory travel as news?”

Joana Miranda (T2)

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27 de Maio de 2010 (Turma 2)

Na aula de 27 de Maio de 2010 foi-nos apresentado um trabalho acerca da consola Wii. Uma tecnologia que surgiu na sociedade em 2006, que teve um grande impacto e que veio fazer concorrência a outros produtos idênticos já existentes, XBOX 360 e Playstation3 (PS3), por exemplo.

Primeiramente, as alunas deram-nos a conhecer uma breve história deste produto, que foi lançado oficialmente para o mercado a 8 de Dezembro de 2006, sendo esta a sucessora da Nintendo GameCube. A Wii chegou ao mundo dos jogos com uma proposta completamente inovadora: colocar o jogador numa experiencia muito mais imersiva, através de controles sensíveis ao movimento, sendo a quinta e mais recente consola da Nintendo em que, numa fase inicial era chamada de Nintendo Revolution que, com o tempo de desenvolvimento o nome foi mudado para o actual Nintendo Wii.

A Wii para além de ter integrado o arsenal de recursos de reabilitação oferecidos pelos principais centros médicos americanos e europeus, também se tornou um incentivo ao desporto, na medida em que quinze minutos de jogo fazem com que a taxa de energia gasta pelas crianças suba 60% em relação ao estado de sedentarismo. Constituiu também uma forma de cura para a depressão na população idosa (19 participantes entre os 63 e 94 anos jogaram na Nintendo Wii em sessões de 35 minutos, três vezes por semana, notando-se que mais de um terço dos idosos apresentou uma diminuição de 50% dos sintomas depressivos).

No entanto, uma dualidade constituiu este impacto da Wii na sociedade. Se por um lado, os cientistas reconhecem o papel da Wii como incentivador a praticas desportivas e saudáveis, a verdade é que cerca de 10 pessoas, semanalmente, são hospitalizadas com lesões causadas pelos jogos da Wii, “There has been a 100 percent increase in patients complaining of Wii-itis.”

Podemos, então, concluir que a Wii é não só um objecto de remediação e convergência, como também um exemplo da sociedade em rede que vivemos.


Joana Miranda (T2)

Uma nova forma de encarar a Pirâmide...



Neste post vou abordar as teorias de dois autores que me interessam bastante: Gilles Lipovetsky (francês) e Zygmunt Bauman (polaco, referido em aula).
São dois sociólogos que tratam nas suas obras conceitos semelhantes. Conceitos que caracterizam o mundo e a sociedade actual: Modernidade Liquida de Bauman e Hipermodernidade de Lipovestky.

Gilles Lipovestky ao definir o conceito hipermodernidade aborda o passado: já vivemos a modernidade, a pós-modernidade, agora vivemos nesta Hipermodernidade. O sociólogo francês caracteriza o mundo actual pelos movimentos constantes e mudanças a alta velocidade. Uma sociedade tipicamente individualista e de exageros contínuos. Uma hipermodernidade que visa a obtenção de prazer e o hedonismo, mas que se caracteriza pela incerteza do futuro

Zygmunt Bauman na sua obra, - tal como Lipovetsky -, define a sociedade actual como um mundo de incertezas, um mundo em constante mudança e instabilidade. A modernidade líquida é marcada pela fluidez, rapidez, superficialidade, flexibilidade, individualismo e descartabilidade.

Nesta metaforização da sociedade, o líquido opõem-se ao sólido, característica típica dos tempos modernos e pós-modernos, típica do capitalismo autoritário.
No “antigo” mundo sólido reinava o autoritarismo, a firmeza e a disciplina.

Segundo o autor, as características da modernidade líquida urgem novas formas de desenvolver relações interpessoais, novos padrões de consumo e novas maneiras de encararmos o mercado de trabalho. A liquidez do mundo actual é consequência da globalização e da evolução das TIC, nomeadamente das Redes Sociais. Não obstante, a própria utilização das TIC é fundamental para sobrevivermos neste mundo.

No que diz que respeito às relações interpessoais - através da multiplicação de relações proporcionadas pelas Redes Sociais -, por um lado, dá-se um enfraquecimento das relações tradicionais, amorosas (compromissos) e familiares; por outro, reforça-se o fenómeno de contacto perpétuo.

As relações amorosas deixam de ser tão duradouras e tendem a ser mais descartáveis e flexíveis. As pessoas devem ter a capacidade de se adaptarem às constantes mudanças e incertezas típicas dos dias de hoje. Os indivíduos tendem por isso, a disponibilizar menos tempo para as relações amorosas. Actualmente o uso das redes sociais é umas formas de manter e fortalecer relações, multiplicando-as.

De acordo com a obra de Bauman, Vida de Consumo, os indivíduos consomem de modo a adaptarem-se ao mundo líquido. Os indivíduos deixam de ser apenas consumidores e tornam-se também num produto consumível (nomeadamente no mercado laboral), assim se determina a importância do individualismo neste mundo de cariz global e competitivo. O consumismo é igualmente uma forma de satisfação de desejos e de realização pessoal dos consumidores.

Na minha opinião, no que diz respeito à necessidade (extrema) dos indivíduos desta Modernidade Liquida e Hipermordeninade obterem prazer e satisfazerem os seus desejos, assistimos nos dias de hoje a uma possível inversão da pirâmide de Maslow. Tendo como base a percepção de que as necessidades fisiológicas (mais básicas) já estão satisfeitas, procuramos constantemente a realização pessoal, deste modo, o indivíduo (self) visa a satisfação como objectivo primordial.

Nem tudo são flores

A crise no Jornalismo e seu vilão "geek"

Falou-se muito por aqui de como as novas tecnologias podem influenciar a comunicação interpessoal, as relaçãoes humanas, o espaço e as práticas urbanas. Mas chamo a atenção, aqui, para uma perspectiva que deveria ter sido discutida ao longo do semestre – será que essas novas tecnologias e suportes, e a maneira como lidamos com elas não representam um dos motivos para a tal crise do jornalismo de que tanto falamos e buscamos explicação?

É evidente que um dos factores dessa crise pode estar relacionado a lógica do mercado, e tenha assim um cariz económico. Mas se somado ao impacto das novas tecnologias, nomeadamente a Internet e os novos suportes digitais, é possível chegar facilmente na origem da transformação do conjunto de práticas jornalísticas e consequentemente nos seus efeitos perante a sociedade.

Neste sentido, uma das chaves da actual crise estaria ligada ao crescente número de fontes de informação provenientes de uma maior participação cívica com o advento da Internet, e nomeadamente da Web 2.0. Este cenário amecaçaria assim as tradicionais funções de gatekeepers e opinion-makers, gerando um decréscimo no nível de credibilidade do público em relação ao crescente número de informação disponível. Isto porque a instantaneidade da informação e a facilidade com que um cidadão comum a produz acaba por causar questionamentos nos públicos acerca da actividade desempenhada pelo jornalista nos moldes da sociedade actual.

Cabe a nós encarar as inovações tecnológicas, aliadas as estratégias de rentabilização dos jornais, apenas, como uma forma para manutenção de um jornalismo dinâmico e em constante evolução. E torcer para que a tão temida crise seja apenas mais um processo de transformação que pode ser visto como uma nova oportunidade.

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Resumo 2 de Junho T2

Na última aula do semestre foram apresentados 3 trabalhos de temas bastante distintos entre si. Cinema, Blogs e Música. Tudo bem que a união desses 3 temas culminaria num resultado bastante agradável aos nossos tempos ociosos dispendidos na internet. Mas por hora isso não vem ao caso.

O trabalho sobre cinema, intitulado “Cinema on the line?”, procurou explicar como a sétima arte tem lidado com o impacto das novas tecnologias. Para isso fez uma abordagem da história e evolução do cinema, bem como sua actual relação com as redes sociais.

Na sua digressão sobre o tema chamo a atenção para um ponto em específico desse contacto Cinema vs. Novas tecnologias – a convergência do broadcasting para o narrowcasting. Ou seja, a valorização de uma difusão selectiva em detrimento de uma difusão de massas.

Por fim vale mencionar algumas redes sociais de conceitos muito interessantes sobre cinema apresentada ainda pelo grupo.

Mubi

Jaman

Touscoprod

Sobre os Blogs, tivemos a oportunidade de ver um trabalho muito feliz na escolha de sua temática. Com o título “Weblogs – um recurso no novo paradigma educacional . A utilização dos weblogs por parte dos jovens universitários”, o grupo deu uma amostra muito bem conseguida de como os as novas tecnologias, nomeadamente os Blogs, podem alterar paradigmas educacionais de longa data.

Inicialmente com uma abordagem histórica, o grupo apresentou o batismo dos Weblogs em 1997 por Jorn Barger; a sua emergência em 2000 graças a softwares como Pitas e Blogger; e sua mudança de nome para Blog, realizada por Peter Merholz.

Abordando as principais potencialidades relacionados ao uso dos Blogs no contexto educacional, o grupo apontou caracterírticas como: fácil criação, organização e gratuidade; extensão da sala de aula; bom exemplo de micromedia; e complementariedade entre sociedade e tecnologia.

Como parte final do trabalho, o grupo procurou refutar as hipóteses defendidas com a apresentação de um inquérito centrado no universo dos jovens e a ultilização que estes fazem dos Blogs.

O último trabalho do dia tratou de um tema do quotidiano da maioria dos jovens da sociedade actual – A Música Digital. Intulado “Música 2.0 – Relatório da Obercom e Digital Music Report” o trabalho inseriu-se basicamente sobre os dados desses dois relatórios a cerca da utilização que os jovens, hoje, fazem da Internet para contactar com a Música, nomeadamente a figura dos downloads.

Concluímos assim, portanto, que...

A vida deveria ter trilha sonora,
O Blog é o mais novo melhor amigo do homem,
E o Cinema...Ahh...O Cinema....


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O facebook como meio de divulgação de empresas e o Jornalismo Móvel

Resumo 20/05/2010

Na aula de dia 20 de Maio assistimos a duas diferentes apresentações relativas ao Facebook como meio de divulgação de empresas e sobre jornalismo móvel.
Quanto à primeira apresentação, foi introduzida primeiramente a noção de SocialCorp que acaba por ser pertinente uma vez que é esta forma de comunicação imediata que permite às empresas uma maior divulgação da sua identidade e produtos. Sendo o Facebook uma empresa líder na inovação, que apresenta um extraordinário número crescente de utilizadores, esta rede social acaba por ser uma plataforma perfeita para a divulgação de uma empresa. Para tal as empresas necessitam de construir uma reputação de competência, procurar clientes e aprender com os outros, sendo que podem retirar daqui várias vantagens, desde uma maior interacção com os clientes, até à diversificação de comunicação e aumento de leque de clientes. Ainda assim, enveredar neste tipo de divulgação apresenta algumas complicações desde uma necessidade de constante actualização, uma necessidade de definição de permissões até à existência de um menor controlo da informação da empresa. A interactividade entre utilizadores do Facebook e empresas é enorme e está em constante crescimento. Pudemos constatar vários casos de sucesso através dos exemplos dados como a Zon, a Adidas ou mesmo a Red Bull. O Facebook acaba por ter um papel fundamental na criação da imagem de uma marca e na divulgação da mesma.
Seguidamente assistimos a uma apresentação sobre jornalismo móvel e a crescente importância do mesmo. A nível introdutório, percebemos a evolução do telemóvel, de geração para geração e a introdução de novos serviços, sendo que o telemóvel deixa de ser utilizado somente para chamadas e mensagens e passa a ter um carácter mais informativo e até mesmo lúdico. Assim introduz-se a ideia do telemóvel como vantagem na comunicação (forma de estar ligado ao mundo) e como ferramenta de jornalismo – ideia de jornalistas móveis. Para melhor compreender esta realidade foram-nos apresentados alguns exemplos desde o projecto Nokia Mobile até às inovações desenvolvidas pelo jornal El Pais, a Telecinco ou até mesmo a Onda Cero. Conseguimos perceber assim que cada vez mais o telemóvel tem uma relação muito próxima com os media e que se tem vindo a tornar indispensável.

Resumo aula dia 20 de Maio


Aula do dia 20 de Maio de 2010

Na aula deste dia foram apresentados dois trabalhos de grupo nos quais os temas foram: “O facebook como novo meio de divulgação das empresas” e “Jornalismo móvel”. No primeiro tema, a apresentação iniciou-se com a definição de SocialCorp, por Joel Postman. De facto a popularidade do facebook é enorme e a sua proliferação para as empresas cada vez é maior. Para as empresas o fazerem o grupo apresentou 3 etapas: Etapa 1-Construir uma reputação de competência, Etapa 2: Procure os seus clientes e a Etapa 3- Aprenda dos outros. As vantagens de uma empresa ter uma presença nesta rede social é o facto de ter uma maior interacção com os clientes, de certo modo uma comunicação “contagiante”, é uma forma de comunicação diferente e desta forma conseguem obter novos clientes. Pelo contrario existem também dificuldades nesta vertente, a necessidade de constante actualização, a indispensabilidade de consistência e o menor controlo das informações da empresa são problemas que as empresas enfrentam quando se estabelecem neste meio de comunicação. De acordo com os gráficos apresentados constatamos que é nos Estados Unidos onde existe uma maior proliferação deste meio de comunicação.

Na segunda apresentação iniciaram por demonstrar a evolução dos telemóveis ao longo tempo, dividindo em primeira, segunda e terceira geração e fizeram a apresentação da evolução dos serviços que os telemóveis forneciam ao seu utilizador. Discriminando estes serviços: SMS, WAP e GPRS fizeram uma aproximação da sua função. De acordo com as funcionalidades do telemóvel surge então o jornalismo móvel no qual exemplificaram com o exemplo do projecto “Nokia Mobile”, do “El País” que lançou versão 3g no iphone, “Telecinco” que desenvolveu dois sistemas para receber noticias e conteúdos desportivos e o “Onda cero” que criou programas para o iphone e ipod touch. Concluindo o telemóvel é uma vantagem de comunicação mais rápida, uma nova ferramenta para o jornalismo e uma forma de estar ligado ao mundo.

Luís Miguel Fevereiro 130308114

LITERATURE AS MEDIATION, 18 de Março, 2010

Imaging literature: Foer-s, extremely Loud and Incredibly Close and the Remediation of 9/11

A conferência é num primeiro momento conduzida pela Dra. Diana Gonçalves, e centra-se, tal como explícita o título da mesma, no acontecimento de 11 de Setembro de 2001 em Nova Iorque.

Foi salientado durante o seu discurso que muitas vezes revive-se acontecimentos traumáticos do passado como forma de lidar com o presente. É através das imensas imagens, testemunhos e literatura que existe um reviver do passado como forma de fuga para “exorcizar” traumas e simultaneamente como forma de deixar representado e marcado estes acontecimentos às gerações futuras. Esta tragédia do 11 de Setembro tal como tantas outras tornam-se então numa experiência visual, ou seja, as imagens são a chave para a compreensão do impacto de uma catástrofe. Possibilita viver sensações e momentos, mesmo a quem de facto não as vivenciou; permite uma falsa vivência em poder estar “presente” naquela determinada situação. Estas catástrofes tornam-se importantes porque são vistas. Neste contexto, o conceito de experiência visual é fulcral pois muitas vezes é difícil ou impossível transpor memorias para o papel, facilitando assim uma melhor compreensão. Ao longo do discurso a Dra. Diana foca que nestas tragédias existe uma dicotomia entre a vida e a morte, devido às muitas pessoas que vivenciaram sobreviveram ao acontecimento.

Em tom de comparação foram recordados outros acontecimentos tal como os ataques a Pearl Harbor e o lançamento das duas bombas atómicas no Japão em Hiroshima e Nagasaki. Estas tragédias tiveram uma grande cobertura por parte dos media e foram vividas e ultrapassadas pelo mundo inteiro de forma colectiva, através da televisão, literatura, fotografias, cinema, etc. Concluindo, os media fazem destes acontecimentos, acontecimentos mediáticos.

Diana Gonçalves - 130307005

Thursday 10 June 2010

Os efeitos dos (Novos) Media com o Ciberjornalismo: Reflexão Crítica

Na sequência da abordagem ao ciberjornalismo e após o contacto com os efeitos e consequencias dos novos media tido em aula é, a meu ver, tão importante como interessante elaborar uma reflexão crítica sobre a actual influência dos media na nossa sociedade. Se vivemos sob o paradigma da individualização e se os novos media têm vindo a obrigar a uma reconfiguração das práticas jornalistas, questiono-me: será que os efeitos dos media nos dias de hoje não serão cada vez mais limitados?
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De facto, o novo ambiente online caracteriza-se pela instantaneidade, interactividade, participação activa do utilizador e hipertextualidade, que destrói as noções convencionais de tempo e espaço dos media tradicionais e introduz a leitura não linear. Assim, e consequentemente, num espaço infinito de ciberblogs, as agendas mediáticas electrónicas dos novos media perdem a possibilidade de controlar o que os leitores devem ler ou saber. A máxima «nós escrevemos, vocês lêem» passa a fazer parte do passado (Canavilhas) e, se nos anos 60 Umberto Eco sugeriu a noção de «obra aberta», esta premissa pode ser hoje recuperada com o hipertexto, que possibilita a desconstrução da informação pelo utilizador que elabora uma leitura personalizada. Num mundo que tende a ser mais transparente, na medida em que «o acesso às fontes agiliza-se, e as trocas com os leitores são exponenciadas, facto que fragiliza o jornalista» (Anabela Gradim), os efeitos dos media são, a meu ver, cada vez mais limitados. Na minha opinião, hoje em dia a comunicação digital e a convergência permitem-nos ter a oportunidade de fugir às agendas mediáticas e de encarar os media como um contributo à nossa informação, esclarecimento, cultura e lazer.
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Assim, penso que a teoria do Agenda-Setting tem vindo a perder influência para o leitor que, independentemente das ofertas que os media lhe dão, usufrui das novas oportunidades que a internet e o ciberjornalismo lhe disponibilizam.
Joana Jesus, T1
N.130307004

Consumo na era digital - Consumo 2.0

Na aula do passado dia 2 de Junho, uma das apresentações de grupo incidiu em concreto nos padrões de consumo e nas eventuais alterações neles provocadas pelos condicionalismos da era digital, tendo adoptado como exemplo primordial o consumo de música. De modo a contextualizarem o tema abordado, o grupo procedeu ao enaltecimento das principais características da era digital: a interactividade, personalização, a partilha/colaboração de informação, acessibilidade/mobilidade, reprodutibilidade, e a convergência dos meios e conteúdos da comunicação.

Estas principais características foram descritas individualmente, tendo o grupo procedido em simultâneo à interligação dos conceitos sempre que tal se justificava. À medida que iam abordando cada elemento, o grupo procedia igualmente à referência de outros conceitos que, pelos condicionalismos que esse elemento detinha, eram passíveis de serem associados. Tal verificou-se, por exemplo, quando destacaram a teoria e pensamento de Henry Jenkins incidente sobre o fenómeno da convergência, ao enaltecerem o processo social e tecnológico nele inseridos, baseados na combinação, mistura e utilização de diversos conteúdos/meios mediáticos por parte dos indivíduos, no qual destacaram a capacidade de manusear vários instrumentos digitais durante a execução de uma, ou mais, tarefas (multitasking).

Após a explicação de todas as características, a apresentação realçou que estas por sua vez convergiam para o estabelecimento de novos padrões em termos de consumo moderno na era digital. Como tal, e devido a todas as possibilidades que a era da Web 2.0 veio proporcionar, chegou-se a um padrão que foi definido como Proconsumer, onde os indivíduos passaram a deter uma função dual, sendo consumidores e também produtores de conteúdos, no qual se destaca a individualidade inerente a cada consumidor, pois ele vai definir os seus próprios padrões, hábitos e interesses pessoais associados ao acto de consumir, sendo que este tende a ser flexível relativamente a cada indivíduo.

O grupo destacou ainda algo de extrema pertinência em relação ao consumo moderno na era digital: o paradoxo entre a dimensão individual inerente a cada um, e a face da colaboração e partilha de conteúdos. Se, por um lado, os indivíduos partilham entre si informações acerca de produtos ou novos conteúdos, colaborando na formação, por exemplo, de modas ou interesses em comum, é igualmente verdade que, num plano mais subjectivo, o seu próprio consumo é individualizado por gostos e práticas próprias a cada um, sendo que cada pessoa vai então formar um acto individualizado de consumo, ao qual o mercado se vai adaptar e flexibilizar.

Na derradeira parte da sua apresentação, o grupo passou à abordagem do exemplo concreto do consumo de música na era digital, que lhe conferiu novas formas de produção, distribuição e consumo. Para além de todas as facilidades que as inovações tecnológicas trouxeram à produção musical, a sua distribuição tornou-se igualmente muito mais facilitada e abrangente, através de sites como o YouTube ou MySpace, nos quais qualquer artista pode apresentar as suas músicas, que ficam disponíveis, livremente, a qualquer pessoa com acesso à Internet. Estas novas contingências da era digital obrigaram não só à adaptação das produtoras, como também ao estabelecimento de novos tipos de público consumidor, onde foi aqui destacada a denominação idealizada por Don Tapscott - Geração Net, onde o consumo passou a assumir novos contornos (cd, mp3, iTunes, compra de música online, etc..).

Em conclusão, esta apresentação procurou evidenciar as exigências às quais pessoas, produtores e editoras tiveram que se adaptar mediante os novos contornos de consumo na era digital, deixando no ar a questão do futuro do consumo de música na era digital e os efeitos desta na sua indústria.





Citizen Journalism: a informação partilhada por todos

O crescimento dos meios de comunicação e difusão de informação sempre foi paralelo e inerente à própria evolução do ser humano. Desde a invenção da prensa de Guttenberg, até aos primórdios da Web 2.0, os contornos dos elementos mediáticos proporcionaram gradualmente novas possibilidades de comunicar e de aceder à informação.

A passagem do mundo escrito para o digital pautou-se a um ritmo acelerado, sendo que não só a sociedade, como igualmente os próprios meios de comunicação, tiveram que se adaptar aos novos condicionalismos que iam surgindo, em termos de produção, transmissão e acesso à informação, graças às inovações tecnológicas. Estas mudanças significaram alterações às estruturas tradicionais de circulação de informação, onde o fluxo comunicacional evidenciava cada vez mais uma evasão ao rumo clássico.

Tradicionalmente, as audiências apenas acediam à informação que lhes era concedida pelos meios de comunicação (escritos, radiofónicos e televisivos), que difundiam e definiam a informação, que lhes era concedida pelos gabinetes designados para tal função. Com o despontar da Internet e a consequente evolução da era digital, novas possibilidades comunicativas surgiam agora à disposição dos indivíduos, e tal veio conceder-lhes novas possibilidades de comunicar, mas, fundamentalmente, mais hipóteses de nos relacionarmos com a informação.

A era da Web 2.0 veio conferir novos atributos aos indivíduos. Estes abandonavam agora um mero estado de consumidores, para passaram a ser eles próprios produtores de informação, estimulando uma sociedade de partilha mútua de opiniões, informações e conhecimentos, onde as novas plataformas digitais disponíveis na Internet (blogs, redes sociais, etc..) possibilitavam aos indivíduos serem geradores e difusores de conteúdos informativos - Citizen Journalism. As audiências assumiam agora uma natureza participativa. Este contexto trouxe, a par de outros aspectos, o alargamento do fluxo informativo dos meios convencionais de comunicação.













Qualquer pessoa podia agora captar imagens ou vídeos, redigir um texto a eles associado e transmiti-lo na Internet. Os indivíduos deixavam o seu papel meramente de receptores de informação, passando a colocar-se num patamar semelhante aos meios de comunicação em termos de possibilidade de captar, produzir e difundir conteúdos. O carácter de emissor - receptor podia agora ser atribuído a qualquer pessoa. Para além desta possibilidade de produzir conteúdos, esta nova era do Citizen Journalism concedia novas possibilidades de aceder à informação, deixando às pessoas a escolha de contactar ora com os meios "oficiais" de comunicação, ora com blogs ou websites dirigidos por indivíduos não necessariamente jornalistas tradicionais.

Em termos práticos, este novo contexto jornalístico resultou em novos condicionalismos no mundo da informação. Por um lado, o Citizen Journalism veio oferecer, no plano dos conteúdos, maior diversidade e pluralidade à oferta da informação, e uma relevância muito mais abrangente e directa. Blogs podiam agora reportar acontecimentos em comunidades locais ou dedicar-se apenas a temas específicos de interesse comum a um certo número de pessoas. Por outro lado, a possibilidade de qualquer pessoa difundir informação pode significar um decréscimo na qualidade da informação transmitida, ou, pelo menos, no formato e na escrita em que se vai pautar.

Independentemente dos condicionalismos que a era Web 2.0 e o Citizen Journalism venham a oferecer, a tecnologia que os originou proporciona hoje em dia um maior controlo, por parte dos indivíduos, na produção e acesso à informação, o que resulta num elevado grau de participação das audiências na agenda mediática e informacional, retirando o mero papel de receptores aos públicos e audiências.

  • http://citmedia.org/blog/about/
  • http://wethemedia.oreilly.com/

Tuesday 8 June 2010

Web 2.0 - Evolução ou revolução?

Evolução ou revolução? Esta é a principal questão que se coloca ao sermos confrontados com a Web 2.0. Se por um lado estamos perante uma forma de entender a WWW que mais não é do que a adopção de um sistema aberto e disponível para todos os utilizadores, à semelhança do que acontece desde os primórdios dos sistemas operativos como o Unix, e deste ponto de vista estaríamos perante uma mera evolução, não podemos deixar de ter em conta que a evolução da Web 2.0 operou uma verdadeira e própria revolução que ultrapassa as fronteiras da internet, repercutindo-se na concepção que temos de relações sociais, amorosas, profissionais, educacionais, entre outras.
O surgimento da Web 2.0 acarretou consigo a alteração de diversos paradigmas, como são exemplo as mencionadas relações sociais e amorosas que durante séculos se basearam na confraternização pessoal e presencia e qual demoraram apenas uns meros anos a transformarem-se em relações à distância, à distância de um mero clique; bem como a educação, desde longa data confiada a livros e à sabedoria de mestres, demorando horas a ser pesquisada e condensada, hoje é de fácil acesso, bastando uma pesquisa, sendo essa mesma informação construída por todos, enriquecendo-se assim a quantidade e qualidade de informação disponível.
Mas quais as consequências de toda esta revolução? Como encarar a devassa da vida privada patente em diversas redes sociais? O que fazer quando se assiste à banalização das relações amorosas? Como formar uma opinião esclarecida quando existem milhões de opiniões dispersas por milhares de blogs?
De facto, a comunicação social noticia constantemente casos paradigmáticos relacionados com a Web 2.0. Basta pensar nas múltiplas situações de fraudes a seguradoras ou a entidades patronais descobertas através das redes sociais. A Web 3.0 começa já a ser uma realidade, onde serão dadas ao utilizador respostas directas que vão de encontro às suas necessidades. Mas parece-me que esta nova plataforma será um perigo ainda maior no que diz respeito à privacidade e às fraudes cometidas online.
Penso que de facto a Web 2.0 operou uma autêntica e própria revolução, revolução essa que ultrapassa em larga medida as barreiras online, tendo profundas repercussões sociais negativas que jamais poderão ser corrigidas.

Ana Filipa Castilho
nº130308079 T1

Resumo da Aula de Comunicação Digital de 26.05.2010

«Google Maps»

A aula de 26 de Maio de 2010 começou com uma apresentação de grupo sobre o
Google Maps, que foi definido como um serviço de pesquisa que disponibiliza mapas e rotas, imagens via satélite e que conta com um Local Business Center.

Adicionalmente, o Google Maps apresenta funcionalidades vantajosas como o serviço de procura de restaurantes, hotéis e bancos, que se adapta aos visitantes e ao estilo do próprio site, permitindo adicionar conteúdos. Assim, estes benefícios explicam o facto de o Google Maps ser utilizado em mais de 150 mil websites, podendo ser utilizado em diversos meios e estando em update constante, inclusive pelo próprio utilizador.

Complementarmente, o grupo aprofundou as funcionalidades do novo serviço específico para telemóveis smartphones da
Google Maps Mobile, que é grátis, disponibiliza diferentes mapas e ainda mais serviços como o GPS, informação do trânsito, acesso ao Google Buzz (rede social rival ao Facebook), entre outros, e, no fundo, acaba por exemplificar a convergência de meios de que Gustavo Cardoso fala.

Neste sentido, o grupo procurou mencionar o
Google Maps Parameters, que é uma tecnologia que permite a adaptação da resolução ao suporte tecnológico utilizado, sublinhando o conceito de prosumer, em que, com a nova tecnologia, o consumidor tem um papel cada vez mais activo. O grupo assinalou particularmente o acesso à informação, a maior eficácia comunicacional, uma experiência comunicacional mais rica e a mediação como as principais vantagens do Google Maps, que apresenta ainda: transparência, imediatismo, conectividade e participação.

Efectivamente, o Google Maps é uma ferramenta inovadora, envolvente e civilizada, que utiliza todo o potencial que a
Web 2.0 tem para oferecer, incluindo mapas em 3D e uma maior velocidade. O grupo concluiu que o Google Maps é um exemplo de Mass Self Communication (teorizada por Manuel Castells), visto que apresenta diversos serviços e aplicações. Adicionalmente, o facto de existir uma tal plataforma influencia a forma como encaramos as distâncias, pensamos e interagimos (McLuhan), já que acabamos dependentes da tecnologia.

Consequentemente, o grupo terminou a sua apresentação afirmando que o Google Maps pode constituir uma afronta à liberdade individual, pois coloca em questão a segurança e pode mesmo gerar medo, devido à evolução tecnológica que facilita a utilização do Google Maps para fins que não os originais.

Google Maps Ad
How to hack into live security cameras and web cams with Google

por Ana Filipa Marques, 130308015

Aula de Comunicação Digital sobre a Pedofilia na Internet

Os mais jovens têm aderido em massa às novas tecnologias, em especial à Internet. São tão inegáveis os benefícios que este recurso lhes trouxe, como também passaram a ser conhecidas as implicações negativas na sua formação, sendo este um aspecto que preocupa pais e educadores.


Esta preocupação é tanto maior, quanto menos conhecimentos têm eles próprios das tecnologias da informação e comunicação que, na sua maioria, os jovens dominam e utilizam.

Assim, os pais naturalmente não se apercebem, nem tão pouco sabem detectar as situações de risco a que os filhos estão vulneráveis. Muitas vezes são alertados por notícias transmitidas pelos média e sentem-se angustiados, quer pela sua incapacidade de analisar, quer de actuar, no caso de se aperceberem de utilizações perigosas da Internet.

A prevenção é o único meio que pode ajudar a evitar a utilização negativa deste recurso e prevenir implica informar. Sabemos que actualmente as crianças começam muito cedo a usar as novas tecnologias, pelo que há que começar logo a tarefa da prevenção.

Neste campo, pais e educadores desempenham um papel fundamental e, embora até possam não dominar estas áreas, é importante que se sentem em frente a um computador, lado a lado com os filhos e explorem os recursos.

Não podemos esquecer que, por razões de idade, as crianças e adolescentes têm uma elevada tendência para a curiosidade, o que associada à ingenuidade lhes pode ser muito nocivo.

Para além de tudo, há que ensinar/definir claramente com as crianças e aos jovens, o que faz parte do público e o que é do âmbito do privado e do íntimo. Assim, o corpo de qualquer um é do domínio do íntimo, e só deve ser mostrado em contextos contexto muito particulares.

Despir-se para uma Webcam, sem sequer conhecer quem está do outro lado, é algo que nunca não deverá ser feito, já que essas imagens uma vez captadas ficam fora do controle e podem ser difundidas livremente na Net, ou até serem usadas como arma para o Cyberbullying.

Os perigos da Internet não existem só na informação estática (textos, fotos) mas também de conteúdos interactivos e de conversas na rede. É muito fácil um adulto fazer-se passar por alguém mais novo e deste modo conquistar a confiança de um jovem.

Daí a aceder a informações como o número de telefone e local de residência é um passo muito pequeno. Os indivíduos que circulam na Internet movidos de más intenções, habitualmente utilizam estratégias que passam muito por mostrar uma total disponibilidade para ouvir os relatos dos jovens, demonstrando carinho, amabilidade.

Com alguma frequência oferecem bens materiais, como telemóveis, jogos ou até dinheiro. As conversas rodam em torno de assuntos que suscitam o interesse dos jovens, como seja a música ou passatempos.

Sabendo da curiosidade sobre temas relacionados com o sexo, exploram também esse campo, através quer de conversas descontraídas, quer da divulgação de imagens pornográficas.

É também muito comum fazerem-se passar por figuras públicas, em sítios como o HI5. Basta criar um falso perfil, colocar uma fotografia de um actor ou cantor admirado pelos jovens. Depois é ir lançando pedidos de amizade, que começam no plano virtual mas, facilmente passam para o real.

O HI5 e outras redes sociais, são um paraíso para os pedófilos. Trata-se de uma espécie de “catálogo” onde é fácil escolher a presa, já que existem crianças e jovens que colocam fotografias sugestiva (por vezes em fato de banho, ou mesmo em lingerie).

Quem resiste depois à tentação de ir-se encontrar com o seu ídolo? A surpresa surge, quando no local se deparam com um completo desconhecido!

A ingenuidade e a curiosidade, são amigas do risco. Por isso há que ensinar os seus filhos a correr riscos controlados, ou seja, a navegar na internet e a aproveitar o que ela tem de magnífico, sem se deixar enredar nas redes dos predadores sexuais que por ali proliferam.

Por isso nunca se deve confiar no que um estranho diz quando comunica através da Internet; nunca enviar fotografias por e-mail, a pessoas que não conheçam pessoalmente; não fazer amizades com pessoas que tenham conhecido através da Internet; nunca divulgar informação pessoal que sirva para os identificar, (exs: nome, endereço, o nome da escola que frequentam ou números de telefone); nunca divulgar hábitos dos pais (ex: quando não estão em casa…)

Os pais necessitam de estar atentos ao surgimento de mudanças comportamentais, ou mesmo ao nível de hábitos, que possam constituir sinais de alerta. Em regra, os indícios são cinco:

O jovem tendencialmente acessa à Internet até altas horas da noite; começa a receber (ou a fazer) chamadas telefónicas para números desconhecidos e a receber prendas, ou encomendas, sem que se saiba de quem; vive quase sempre trancado no seu quarto e deixa de querer interagir com a família; quando alguém entra no quarto, desliga o computador abruptamente, ou muda de página.

Caso as suspeitas comecem a avolumar-se, a primeira coisa a fazer é sempre falar com a criança ou adolescentes sobre a situação. Há que explicar-lhe as razões da sua preocupação, dando-lhes exemplos reais de crianças e jovens que foram vítimas de aliciadores sexuais.

Num segundo momento, peça ajuda a alguém que domine a área da informática de modo a conseguir perceber se existem conteúdos pornográficos armazenados no computador, ou se o histórico dos sites visitados lhe aponta para alguma direcção mais perigosa.

Verifique também todo o tipo de acesso a comunicações electrónicas online (chat rooms, fóruns, Messenger) que os seus filhos têm mantido, assim como o seu correio electrónico (e-mail).

Está provado que muitos aliciadores entram em contacto com as suas vítimas nas salas de conversa. Caso se confirmem as suas suspeitas, não hesite em recorrer às autoridades policiais.

Mantenha então o seu computador desligado para conservar as informações que a polícia possa utilizar. Não copie nenhuma das imagens ou textos do computador, a menos que a polícia lhe indique que o deve fazer.



Alice Ribeiro

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Monday 7 June 2010

Comunicação e práticas sociais no espaço urbano: as características dos

Este artigo de André Lemos, Professor associado da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia– Brasil, descreve algumas características dos telemóveis, definidos no mesmo como “Dispositivos Híbridos Móveis de Conexão Multi-rede”.

Num momento em que tanto se fala de convergência das tecnologias, André Lemos refere que “o telefone celular é a ferramenta mais importante de convergência mediática hoje”. Actualmente, os telemóveis permitem executar variadas funções ao mesmo tempo. Estes dispositivos móveis permitem ao seu utilizador conversar, produzir informação (texto, imagens e sons), conectar-se à Internet, entre outras funcionalidades. Todavia, estes equipamentos instituem uma socialização efémera, ou seja, a comunicação é fugaz.

Zygmunt Bauman, sociólogo polaco, estuda este tipo de relacionamento e, principalmente, a sociedade contemporânea designando-a como a Era da Incerteza, marcada pelo conceito de Liquidez. Desta forma, as mudanças sociais são mais rápidas, pelo que as estruturas sociais não têm tempo de “solidificar”. Assim sendo, os indivíduos têm que encontrar novas referências, adaptando-se a tempos de incerteza e mudanças constantes.

Ao que habitualmente chamamos de telemóvel é um “Dispositivo (um artefacto, uma tecnologia de comunicação); Híbrido, já que congrega funções de telefone, computador, máquina fotográfica, câmara de vídeo, processador de texto, GPS, entre outras; Móvel, isto é, portátil e conectado em mobilidade funcionando por redes sem fio digitais, ou seja, de Conexão; e Multi-redes, já que pode empregar diversas redes, como: Bluetooth e infravermelho, para conexões de curto alcance entre outros dispositivos; celular, para as diversas possibilidades de troca de informações; internet (Wi-Fi ou Wi-Max) e redes de satélites para uso como dispositivo GPS”.

O telemóvel também permite criar formas de apropriação do espaço público. Desta forma, o projeto “Mobotag. Connecting your city with mobile tags”, por exemplo, permite que, por envio de e-mail, qualquer pessoa possa anexar informação a um espaço urbano. Ou seja, qualquer pessoa pode fazer anotações electrónicas, que consistem no mapeando do território, produzindo e disponibilizando informações sobre um lugar.

Em suma, cada fotografia, SMS ou vídeo produzidos em aparelhos móveis criam uma temporalidade curta de contacto social. Ou seja, tecnologias móveis e sem fios estimulam novos e velhos rituais sociais: troca de informações, cooperação entre os indivíduos, reforço da coesão e práticas comuns sociais.

Para mais informações:

http://www.facom.ufba.br/ciberpesquisa/andrelemos/DHMCM.pdf

Sunday 6 June 2010

Resumo da aula Nº 19 - 28 de Abril de 2010

Na aula Nº 19, do dia 28 de Abril de 2010, os alunos da turma 1, formaram pequenos grupos e estiveram a analisar alguns textos distribuídos pela professora. Foram eles: Howe, Jeff (2006), “The Rise of Crowdsourcing”; Huffington, Arianna (2009), “Citizen Journalists: Online Paul Reveres”; Papa Bento XVI (2009), “Mensagem para o 43º Dia das Comunicações Sociais”; Sky News (2010) “Seven Year-Old Uses Pedal Power for Haiti”.

Após a leitura e análise dos mesmos, cada grupo resumiu o texto que leu e, posteriormente, teceu alguns comentários sobre o mesmo. Seguidamente, a professora acabou por relacioná-los com a matéria dada até então.

Penso que o exercício foi positivo, uma vez que podemos relacionar a matéria dada, com exemplos práticos e interessantes.

O texto que o meu grupo leu foi: “Seven Year-Old Uses Pedal Power for Haiti”.

Achei a ideia do rapaz muito comovente e inteligente e, acredito que mais uma vez, fica demonstrado o poder da Internet no nosso dia-a-dia, em causas tão importantes como esta.

As redes sociais estão a afectar as relações humanas?


Hoje, domingo, dia 6 de Junho de 2010, a RTP1 exibiu no seu telejornal, uma reportagem dedicada à questão das redes sociais, tão falada e comentada em aula, abordando sobretudo a forma como estas estão a revolucionar a sociedade portuguesa e o modo como interagimos com os outros.

Achei que deveria ser interessante para todos, por isso deixo aqui o link, na esperança que consigam ver a reportagem.

Google Maps


O Google maps é um serviço de pesquisa, visualização de mapas e de localização de sitios, como hotéis e restaurantes, criado pela Google. Esta aplicação tanto pode ser útil a um nível pessoal como pode deter um importante papel para as organizações nesta era digital.

A um nível pessoal o Google maps possibilita a cada individuo ver mapas, caminhos, trânsito, postar fotografias de locais para que outros possam "descobrir" cidades desconhecidas, como também contribuir com informações que possam ser úteis para os citadinos.
Quanto à sua utilização a um nível organizacional, o Google maps permite às empresas posicionarem-se criando uma maior acessibilidade e contacto com os clientes. A aplicação por parte das organizações caracteriza-se então pela sua transparência e imediatismo devido à constante circulação de informação, e conectividade com o cliente. Observa-se deste modo, uma sinergia entre as empresas e o Google maps.
Através desta ferramenta presencia-se assim a existência de um prosumer, uma vez que o consumidor tem um papel dinâmico e activo na comunicação, sendo o receptor e emissor da mensagem simultânamente, como também da presença de uma mass self comunication já que todos podem produzir e alterar conteúdos, existindo um constante update de informação ao nível das massas. O serviço Google maps eventualmente veio influenciar a forma como pensamos, interagimos e encaramos as ditâncias, acabando por vezes por oferecer um falso conhecimento e criar uma dependência tecnológica.

Saturday 5 June 2010

Relatório sobre a palestra de 18 de Março de 2010

O tema da palestra é “Where local memories go in the global flow of news.

O primeiro explicou-se o que é a “Memória, Mediação e Trauma”. A Memória funciona de dentro para fora do ser humano. A Memória é um conteúdo inerente a qualquer sujeito, não é uma forma.

Fez-se um contraponto com o fenómeno da Mediação com o da Memória. A Mediação é exterior ao sujeito, é um fenómeno amplo nas sociedades globais, uniforme, devido ao seu carácter de actividade exterior ao sujeito, e sobretudo sincrónico, pois para haver Mediação terá de haver duas partes com um objectivo.

Desenvolveu-se a questão do Trauma. O Trauma manifesta-se em hesitação e em contradição nas acções humanas.

As Memórias de acontecimentos passados muitas vezes estão alojadas no seguimento global noticioso que poderá levar a alguns problemas do foro da edição jornalística como a Minimização, a Substituição, o Deslocamento e o Transporte.

A Minimização tem que ver com o problema de se utilizarem memórias para noticiar determinado acontecimento posterior à própria memória, os fenómenos como a substituição de conteúdo e deslocamento de informações e das caracteristicas únicas de detreminado acontecimentos para uma memória já existente, são problemas inerentes ao uso das memórias como formas de noticiar

Podemos salientar que em termos de edição jornalística, Memória, Mediação e Trauma podem funcionar com elementos causadores de problemas como focalização em acontecimentos passados à própria noticia, favorecer um acontecimento singular em detrimento da dinâmica múltipla originada pela própria notícia, sublinhar o passado em vez dos acontecimentos recentes, desprezar o carácter local de determinda noticia em favor do uso de uma imagem icónica global já conhecida das pessoas a quem se dirige a informação.

Marta Alexandre - 130308117 - T1

A Sociedade em Rede em Portugal, 2008



No dia 12 de Maio foi-nos solicitado, na aula de comunicação digital, uma análise de diversos textos que abordavam a penetração da música, cinema, telemóveis e televisão em Portugal.
Segundo o texto que nos foi concedido - A Experiência Televisiva na Sociedade em Rede- pudémos constatar que o sector televisivo estará sempre sujeito a constantes alterações que pretendem corresponder à dinâmica do mercado e do consumo. Como tal, a televisão é uma tecnologia que se encontra numa permanente adaptação ao mundo actual, influenciando assim a nossa experiência televisiva ( podemos ver televisão através de computadores e telemóveis). Passa a existir uma alteração das nossas regras sociais de visionamento televisivo.
No texto em questão, encontramos três subtítulos que nos exlicam, de forma minuciosa, o verdadeiro impacto da televisão em Portugal, sendo eles: As Plataformas de Acesso, Consumos de TV e por fim as Percepções sobre a Regulação e a Qualidade de Experiência Televisiva. Seguindo esta linha de raciocínio, a principal ideia a reter no primeiro subtítulo é a de que 99,9% dos portugueses possuí pelo menos um televisor em casa. No segundo subtítulo - Consumos de TV- pode-se observar um decréscimo no número de horas televisivas visionadas e que o sexo feminino consome televisão de uma forma mais intensa que o masculino. Ainda dentro deste subtítulo, podemos destacar que a ordem dos programas preferidos da população começa pelas notícias, seguidas do desporto, filmes, telenovelas, documentários e séries. Por fim, no que concerne ao último subtítulo, podemos salientar a falta de conhecimento, por parte dos utilizadores, sobre a legislação do sector televisivo e a avaliação que os consumidores fazem dos programas.
Por último, a conclusão a que chegamos ao ler este texto é a de que a televisão começa a perder o seu poder congregador sendo substituído por uma autonomia concedida ao utilizador. A lógica de consumidor é substituída pela do prosumer.

Thursday 3 June 2010

Resumo da aula de dia 27 de Maio

No dia 25 de Maio, dois grupos apresentaram o seu trabalho. O primeiro trabalho foi sobre a Rádio e a sua presença Online, o segundo sobre A era da televisão “Do it yourself”.

Desde que a rádio existe houve várias mudanças em relação a esta, a rádio passou a poder ser transmitida por satélite depois por cabo e por fim pela internet. Com a internet a rádio pode ter uma maior cobertura e um maior desenvolvimento da informação, possibilitou uma maior interacção com os seus ouvintes e dá uma maior possibilidade dos ouvintes reverem os programas online.

As rádios hoje em dia já se encontram também nas redes sociais (Facebook, Youtube, MySpace, Twitter) dando a possibilidade dos ouvintes interagirem com a rádio e vice-versa, as rádios lançam passatempos que só podem ser acedidos através das redes sócias, as rádios com as redes sociais estão mais atentas às sugestões e pedidos dos seus ouvintes.

A era da televisão “ Do it yourself” vai introduzir o tema da televisão interactiva.

O primeiro programa interactivo surge em 1953, “Winky Dink You” (CBS) e o primeiro serviço interactivo surge em 1977 o QUBE. Em Portugal a televisão interactiva só surge em 2001 com a TV Cabo mas é interrompida em 2004, reaparece em 2007 com o aparecimento da MEO e da ZON. A televisão interactiva está associada à televisão paga.

Marta Alexandre - 130308117,T1

As redes sociais e as potencialidades da Internet na comunicação organizacional

Na sequência das aulas em que abordámos as características das redes sociais e, mais especificamente, a sua função na comunicação organizacional, voltámos, esta semana, a relembrar a sua importância no nosso quotidiano.

Como constatámos na aula do dia 6 de Maio, as redes sociais representam um meio que se encontra em rápida expansão e que são importantes não só na manutenção das relações humanas, mas também, na criação (ou no reforço) de relações profissionais. Apesar de todas as desvantagens que estas possam ter, nomeadamente o “incentivo” ao isolamento e à alienação dos indivíduos da sociedade do “mundo real”, as suas vantagens ditam o seu sucesso e justificam a enorme adesão que estas têm tido.

No que diz respeito à sua utilização numa vertente organizacional, estas constituem-se como uma grande mais valia para as empresas que começam agora a aderir às mesmas numa perspectiva de inovação e de adaptação às novas tendências. Não são já os clientes que têm que procurar exaustivamente as entidades e os seus serviços, mas antes estas que vão de encontro aos locais onde os consumidores já se estão. A vantagem da presença das empresas nas redes sociais prende-se, antes de mais, com a capacidade da transmitir as suas mensagens de um modo mais próximo dos consumidores. Esta foi uma ideia exposta na aula que considerei bastante interessante porque acho que é mesmo a grande mais valia da presença das empresas em redes como o facebook: o facto de estas aderirem às mesmas com a noção de que as suas mensagens nos vão chegar reenviadas pelos nossos amigos, tendo asim mais significado e credibilidade.

Na passada aula (dia 02.06) podémos relembrar, através dos trabalhos de grupo apresentados, as vantagens, não só das redes sociais, mas da “nova era interactiva da internet” protagonizada pela designada Web 2.0. Com esta, os utilizadores tornam-se activos na manutenção deste meio, sendo, ao mesmo tempo, produtos e consumidores. As redes sociais são, talvez, o melhor exemplo da capacidade que a internet tem, enquanto meio, de nos permitir a sua monotorização (e que mais nenhum meio nos permite). Assim, em tom de conclusão, não posso deixar de referir a importância do conceito de remediação, ou de amor líquido (de Bauman) referido no trabalho de grupo sobre as redes sociais no cinema, ou o conceito de prosumer, referido no trabalho sobre a web 2.0 e a internet interactiva.

É interessante e gratificante, podermos, através destas últimas aulas de apresentações de trabalhos de grupo, relembrar conceitos dados ao longo do ano em aulas teóricas e poder perceber a sua aplicação prática em exemplos concretos e inseridos em temas que nos agradam.

Natacha Ribeiro nº 130308111