Friday 30 April 2010

A Comunicação Interpessoal Digital: A Mediação do Telemóvel

O telemóvel consiste numa tecnologia que provocou um enorme impacto no quotidiano dos indivíduos. Ao ser pessoal, privada e próxima, esta nova tecnologia tornou-se uma extensão do seu utilizador, sendo actualmente um gadget utilizado por milhões de pessoas em todo o Mundo.

O facto de ser pessoal distingue o telemóvel do conceito do telefone fixo, permitindo uma grande correspondência entre o aparelho e cada pessoa em específico. A utilização do telemóvel é cada vez mais personalizada e à medida do seu utilizador, o que acaba por reflectir a sua personalidade e criar uma dimensão afectiva: aproxima-se de cada individuo-o ao compactar os contactos e fotografias dos seus familiares e amigos. Também a nível físico o telemóvel pode ser caracterizado como uma tecnologia muito próxima do utilizador, visto que a sua reduzida dimensão permite o fácil transporte e manuseamento deste gadget.

A dimensão privada do telemóvel também se mostra essencial, já que permite o armazenamento de conteúdos privados a que só o utilizador tem acesso. O insucesso da videochamada vem, então, provar a importância dada pelos utilizadores à privacidade. A utilização do serviço de SMS mostra-se menos invasivo e permite uma melhor gestão das relações dos indivíduos.
Esta proposta do telemóvel como extensão do seu utilizador já é proposta por McLuhan com o conceito do ser prolongado, tornando-se uma tecnologia mediadora da comunicação por excelência.

Muitos estudiosos afirmaram que o telemóvel resultaria numa perda da imagem visual da comunicação face-a-face, sendo a mediação profundamente impeditiva para o desenvolvimento das relações interpessoais. No entanto, esta nova tecnologia provou desenvolver a comunicação espontânea e a partilha entre as pessoas. De facto, o telemóvel permite uma comunicação constante entre indivíduos que, de outra forma, não seria possível. Por outro lado o telemóvel desencadeia o efeito de contágio, conduzindo a uma obrigação de retribuição das chamadas e resultando assim, na continuidade de um ciclo comunicacional.

O impacto do telemóvel na sociedade, ao contrário do que muitos autores previram, assumiu uma dimensão à escala global e mundial, possibilitando o desenvolvimento e aprofundamento de relações interpessoais através de uma comunicação mais constante e regular.
Carlota Morais Pires, nº 130308010
Resumo da Aula (28/04/2010)

Thursday 29 April 2010

A mediação do Telemóvel - 28 Abril, aula 2

O telemóvel faz parte do nosso quotidiano,parecendo-nos bastante simples.No entanto, este aparelho de comunicação possui características próprias que quando o utilizamos não nos apercebemos,e foi isso que abordamos em aula.
O telemóvel possui três características próprias: é pessoal, privado e próximo. Pessoal porque é uma extensão do próprio utilizador,cada um de nós tem o seu próprio número,é no telemóvel que colocamos as nossas fotos pessoais ou os toques que gostamos,acabando este por reflectir o nosso estilo de vida e os nossos gostos pessoais. É privado porque os conteúdos que cada um de nós coloca no aparelho são nossos, são privados, e têm uma carga afectiva, tornando-nos ainda mais próximos desta tecnologia.A última característica do telemóvel é ser próximo, encurtando a distância entre as pessoas,e sempre que precisamos dele está ao nosso alcance.No fundo, o telemóvel é uma extensão do seu utilizador,dos outros,que estão no nosso telemóvel através das imagens,e da relação entre eles,que podem comunicar entre si a qualquer momento.
A comunicação interpessoal era definida como o tipo de comunicação que se realizava face a face.Com a popularização do telemóvel esta definição foi sendo alterada,uma vez que se passou a considerar a existência de comunicação interpessoal mediada.Neste novo tipo de comunicação perde-se a parte visual,e para colmatar esta falha foram criadas algumas estratégias,como os emoticons ou a vídeochamada.A comunicação interpessoal mediada exige ainda um maior esforço por parte dos intervenientes devido a esta falha,pois numa conversa não estamos a ver a expressão do outro nem a forma como está a reagir.Este tipo de comunicação trouxe consigo a comunicação por impulso,instantânea e emocional,pois quando,por exemplo,vimos algo, podemos partilha-la de imediato tirando uma fotografia e enviando por mms.
Dois conceitos também importantes neste estudo são os conceitos de efeito de contágio,que ilustra a obrigação que muitas vezes temos de responder a uma chamada,uma vez que o telemóvel regista tudo,e o conceito de perpetual contact,o contacto permanente que mantemos com as pessoas mais próximas (podemos ter muitos números armazenados na lista telefónica mas a nossa rede íntima, com a qual falamos muito regularmente, é de seis pessoas).
O telemóvel acabou por alterar também as relações,que passaram a ser mediadas e com uma frequência de comunicação maior - é a era do amor líquido (Bauman),um amor mais flexível e adaptável mas também mais superficial,e o telemóvel mantém este amor em movimento.

Carolina Ramos

Conferência - Arts of Mediation

Conferência – “Arts of Mediation”.

Conferênciado Por: Professor Richard Grusin.

No passado dia 17 de Março, Richard Grussin, Professor da Universidade Wayne State, veio à Universidade Católica Portuguesa - Faculdade de Ciências Sociais – falar sobre as importâncias e o significado dos “media”. Falou durante quase duas horas sobre este tema muito presente no nosso dia a dia.

Grusin, refere que a palavra “Media”, é um vocábulo que significa meios de comunicação e tanto pode ser pela televisão, rádio, jornal, revistas e até por internet. Todos eles têm como principal função, informar e entreter de diferentes maneiras, com conteúdos selecionados e desenvolvidos para seus determinados públicos. Os meios de comunicação de massa podem ser usados tanto para fornecer informações úteis para a população, como para alienar, determinar um modo de pensar, induzindo certo comportamentos e aquisições de certos produtos. Todos os dias existem notícias que estes órgãos de comunicação têm de transmitir ao público para deste modo ficarem a saber o que se passa nacional e mesmo internacionalmente.

Foi com o caso de 11 de Setembro que houve um aumento significativo no tempo em que os “media” se dedicaram a passar esta chocante notícias. Este foi um dos maiores acontecimentos de todos os tempos e teve, novamente, um enorme empacto nas informações on-line, televisivas e radiofónicas. Foi referido no discurso de o Professor Grusin, que num futuro próximo, com uma maior evolução das tecnologias, as pessoas vão começar a conseguir prever os ataques terroristas antes mesmo de eles acontecerem. Diz também que após este drástico acontecimento, a “Pre-Mediation” têm vindo a aumentar.

Cabe aos órgãos responsaveis fiscalizarem que tipo de informação esta a ser veículada por esses meios, como ao receptor das informações ter criticidade para selecionar e internalizar as tais informações que considerar úteis para si, denunciando os abusos aos órgãos competentes.

“Mobile Social Networking”, teve um grande parte na apresentação. Diz-se que a internet (ex: twitter, facebook), a tecnologia do GPS, faz hoje em dia parte da vida de uma pessoa, não sendo importante a idade o sexo e até o estatudo. É uma “diversão” que um individuo tem, criado por si, para deste modo conseguir transmitir com outros do mesmo intresse e comudidades, conseguindo comunicar por toda a parte do mundo, bastanto fazer um simples log-in. O chamando “anticipation of waiting”, palavras usadas pelo professor, são aquelas palavras que qualquer um deve concordar, uns mais que outras, e isto significa que quem têm os tais “social networking”, fica com uma vontade de estar sempre ligado e anseia por receber respostas, ou posts, etc, para as suas páginas pessoais, algumas ficando viciadas “no jogo”, tornaram-se dependentes às tecnologias.

É através da internet que realizamos grande parte das nossas actividades. O telemovél por sua vez, também não deixa de ser um “acessório” indespensável, é a tecnologia que nos permite comunicar a qualquer momento a qualquer lugar. Tudo na vida tem as suas vantagens e desvantagens, tempos e tempos, a cultura acompanha a tecnologia de acordo com o tempo, e isso nota-se significativamente, já que há não tantos anos, nem existia o telefone, quanto mais o computador.

Por fim, é referido o que se chama “Media Love”, uma breve conclusão do que já foi dito anteriormente. É portanto a depêndencia de acordar logo de manhã, ligar o computador, e ver se alguém comentou no “wall” da página social, ex: facebook ou myspace. A tecnologia tem o poder de ser tão viciante quanto álcool e drogas, além de poder destruir relacionamentos pessoais e profissionais. Nós podemos nos sobrecarregar pela tecnologia e sofrer as consequências nos nossos relacionamentos. Como ponto final, a tecnologia avançada está cada vez mais presente em muitos aspectos da vida.

Francesca Valle.

Wednesday 28 April 2010

Arts of Mediation

Nos dias 17, 18 e 19 de Março, na Universidade Católica Portuguesa de Lisboa, com o apoio da Faculdade de Ciências Humanas, realizaram-se várias conferências no âmbito do tema The Arts of Mediation.

No dia 18 de Março, por voltas das 11h30m, o docente Gonçalo Silva expôs o tema: "Web 2.0 User Generated Mediation".

Na primeira parte da sua exposição, o professor deu-nos um exemplo de como a Web 2.0 pode ser utilizada: a Online Disput Resolution, ou seja, a resolução de casos litigiosos via Internet. Esta nova forma, completamente inovadora, de resolver um processo litigioso utiliza a tecnologia para facilitar a sua resolução. A ODR veio tornar este processo mais rápido, economicamente mais viável, com maior satisfação por parte de quem usufrui deste sistema e não necessita de mediação humana.

A Web 2.0, muitas vezes falada, nos últimos tempos evoca, mais uma vez, a importância da Internet nos nossos dias. Sem esta ferramenta não seria possível falarmos de Sociedade em Rede nem nas enormes possibilidades que esta nos oferece.

O professor Gonçalo Silva chamou-nos a atenção para este facto, apresentando-nos a evolução da Web, de 1.0, para 2.0 e futuramente 3.0 e, de como nós temos vindo a contribuir para esta mesma evolução. A Web 2.0 surge fruto da nossa própria colaboração. Hoje, qualquer pessoa pode produzir conteúdo, modificá-lo, e a partir de outros já existentes recriá-lo. Exemplo disso é a famosa Wikipédia, a Enciclópedia online, que nos permite adicionar informação e modificar aquela que consideramos não estar correcta.

A Web 2.0 veio transformar a forma como trabalhamos, adquirimos produtos e tomamos decisões nos dias de hoje. Nós, enquanto indivíduos, temos a hipótese de fazer parte da Web e de deixar a nossa marca em conteúdos que estarão disponíveis, de forma gratuita, por todo o mundo.

Agora, resta-nos saber o que nos virá trazer de novo a Web 3.0.

Tuesday 27 April 2010

Mediating Media Art – Digital Visual Archives as Mediation Tools

A Faculdade de Ciências Humanas reuniu, no marco das conferencias “Arts of mediation” realizadas nos dias 17, 18 e 19 de Março, algumas das investigações mais inovadoras sobre a mediação. Entre outras, podemos destacar a comunicação Mediating Media Art – Digital Visual Archives as Mediation Tools, dirigida por o professor Florian Wincek.

Wincek, investigador associado na Jacobs University de Bremen (Alemanha), assinala que a mediação pode ser descrita como “a comunicação de conteudos por diferentes meios”. Mas o papel dos meios de comunicação é importante porque são as interfaces de mediação e também apreender as qualidades dos media.
O investigador está actualmente trabalhando na análise das funções e estruturas de arquivos digitais visuais, bem como as aplicações e implicações culturais do arquivamento visual no século XXI.

As características mais importantes que destacou dos arquivos tradicionais, bem como bancos de dados, são a contextualização do seu conteúdo e construção da realidade através da análise e interpretação dos dados pelos usuários. O arquivo se torna ainda mais uma estrutura de trabalho do que antes. Wincek sublinha que “a ordenação dos dados torná-los acessíveis e recuperáveis”.

O objectivo do seu trabalho é “explorar as possibilidades de mediação material visual como processos por meio de arquivos digitais visual, que pode ser melhor exemplificado pela mediação da media arte, pois este vai muito além do que vemos na superfície e pode ser descrito como um processo em curso”, segundo Wincek. Assim, é possível fazer dos arquivos uma ferramenta muito necessária na mediação.

Monday 26 April 2010

Aula de 21 de Abril - Professor David Parra - (Turma 1)


No dia 21 de Abril de 2010,os alunos de Comunicação Digital, bem como todos aqueles que desejassem assistir, foram contemplados com uma aula diferente (em Espanhol) leccionada pelo Professor David Parra, que versou sobre a temática do “Ciberjornalismo”
David Parra Valcarce é Doutorado em Ciências da Informação pela Universidade Complutense de Madrid – Espanha, sendo actualmente Professor na mesma. A sua apresentação incidiu sobre o tema “O fenómeno do ciberjornalismo e a sua influência no mercado da informação”.
O Professor começou por falar de um novo paradigma na transmissão e aquisição de conhecimento que dividiu em três revoluções. Uma 1º revolução que se reporta à invenção do alfabeto escrito; uma 2ª revolução aquando da criação da imprensa e da extensão da escola a um maior número de pessoas e, por fim, a 3ª revolução, que se refere  ao aparecimento e difusão da televisão bem como o surgimento do fenómeno da internet. Todas estas revoluções causaram profundas mudanças na estrutura da informação e na sociedade em si.
Num segundo ponto que intitulou “Da estrutura à neociberestrutura da informação” e que subdividiu em quatro fases (Estrutura da informação clássica básica; Estrutura da informação clássica avançada; Ciberestrutura da informação e Neociberestrutura da informação), David Parra nomeou as diferentes etapas da informação tendo em conta a época a que se reportam e as suas características.
De seguida abordou o Zoon Tecnologi.com como coluna vertebral da Sociedade da Informação, ou seja, um ciberlugar onde existe uma nova distribuição do trabalho, onde surgem novas ocupações e  outras clássicas desaparecem. Este conjunto de mudanças tem implicações na formação de uma nova forma de tratar a informação, que denominamos ciberjornalismo. David Parra caracteriza o zoon tecnologi.com enquanto sujeito da Sociedade da Informação em quatro aspectos distintos: o acesso universal à informação; a multiplicação exponencial da quantidade de informação a que tem acesso; à sua mobilidade e a alta capacidade de acesso. Enquanto consumidor, o zoon tecnologi.com, é caracterizado pelo Professor noutros quatro aspectos: um comportamento vital que consiste em desfrutar da vida plenamente; a redução do seu tempo livre; a complicação da sua vida pessoal e profissional e, por último, a procura da inovação nos produtos como fórmula de encontrar novas prestações que melhorem o seu modo de vida. 
Aludindo ao surgimento do ciberjornalismo e às suas características, o orador referiu que existe um grande leque de denominações para ciberjornalismo, como por exemplo: jornalismo digital, jornalismo electrónico, jornalismo em rede ou on-line, etc. O que é certo é que, no global, ciberjornalismo se refere ao tratamento da informação jornalística que, actualmente, permite o envio e a recepção on-line dos mais diversos suportes. Segundo David Parra existem, porém, três factores a considerar neste campo: o seu carácter on-line; a multimedialidade e a participação das audiências.
Para finalizar esta aula o Professor expôs-nos as principais características do fenómeno do Ciberjornalismo, designadamente: instantaneidade ou simultaneidade; continuidade; interactividade; versatilidade; multimedialidade; transnacionalidade; transtemporalidade e hipertextualidade.


Ana Filipa Castilho
Nº130308079 T1

Sunday 25 April 2010

Extremely Loud and Incredibly Close - A Literatura como forma de mediação


Olá a todos! Desculpem este post tão tardio, mas houve uns problemas com o convite para participar no blog.

O cliclo de conferências The Arts of Mediation teve lugar na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica, em Lisboa, nos dias 17, 18 e 19 de Março. O objectivo da mesma seria apresentar várias formas de comunicação, em que o recente conceito de remediação é aplicado.

Assim, o livro Extremely Loud and Incredibly Close, do escritor americano Safran Foer, foi apresentado por Diana Gonçalves, que pertence ao Centro de Estudos de Comunicação e Cultura. A obra de Foer, que tanta polémica suscitou nos E.U.A., é um romance sobre trauma, perda e sofrimento, tendo por base o acontecimento trágico do atentado às Twin Towers a 11 de Setembro de 2001.

Segundo Diana Gonçalves, trata-se de um livro que tem "a arte de fazer remediação", uma vez que explora a literatura ao máximo, aliando-a à fotografia. Incorpora elementos textuais não apenas narrativos, como também visuais, o que vem trazer um valor acrescido a esta forma de comunicação, que é a literatura.

Foer utiliza todos os elementos que considera relevantes, criando assim um novo modo de construir um texto literário. Desta forma, com o propósito de enriquecer a história, o autor apresenta aos leitores vários narradores; integra páginas em branco e outras totalmente em preto, um símbolo da incapacidade de expressão; e mostra fotografias, reordenando-as. São todos estes aspectos de complementariedade, entre o escrito e o visual, que vêm ajudar o leitor a ter uma maior percepção deste terrível acontecimento e, consequentemente, a fazer as suas próprias interpretações do mesmo.

A polémica imagem de um homem a cair de uma das torres do World Trade Center toma uma grande importância no livro. A personagem principal, Oscar, que apenas sabe que o pai morreu no atentado, mas não sabe de que forma, agarra-se àquela mesma imagem imaginando ser o seu pai. No final da narrativa, o rapaz tenta regressar ao mundo como ele era antes do 9/11, a uma realidade anterior a esse acontecimento traumático. Para passar por esse processo, ele decide fazer uma reconstrução do falling man ao contrário, como se o homem estivesse a subir e não a cair da torre.

Não nos resta qualquer dúvida de que esta unidade criada pelo escrito e pelo visual é surpreendente, tendo em conta que Foer tem a habilidade de tornar a actividade de ler numa de ver.

Thursday 22 April 2010

Aula de CiberJornalismo com Professor David Parra

Nos dias 21 e 22 de Abril, os alunos de Comunicação Digital tiveram a oportunidade e o prazer de assistir à exposição do Professor David Parra, da Facultad de Ciencias de la Información da Universidad Complutense de
Madrid, sobre o CiberJornalismo. Estas duas aulas foram intensamente interessantes não só porque aprendemos o background e o possível futuro do Jornalismo Online, mas também porque tivemos a possibilidade de assistir a uma aula diferente numa Língua diferente, o que creio ser bastante importante no nosso Curso.
Na minha opinião ficámos todos a ganhar. Uma experiência a repetir!

Arts of Mediation, Florian Wincek


Arts of Mediation, é o nome do programa da conferência realizada na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas. Feitas durante os 17 dias, 18 e 19 de março, o evento centrou-se sobre a mediação. Durante o seminário Digital Visual Arquivos Mediação Tool, realizado por Florian Wincek, investigador na Jacobs University Bremen, destacou sobre todo a utilização dos recursos de tratamento e os arquivos porque as principais linhas de investigação são os arquivos digitais visuais.


Seu trabalho é baseado na observação das opções de mediação utilizando a base de arquivos digitais visuais. Os novos meios de comunicação como todos os aplicativos Web 2.0 utilizam o sistema de armazenamento de arquivos. As coleções de arquivos baseiam-se, como explicou Wincek, na escolha, recuperação, acessibilidade e a conservação do material.


Afirma que existen quatro dimensões de significado na geração de arquivos digitais visuais na qualificação do material, os processos interactivos de arquivos digitais, no material de visualização e na contextualização do arquivo e recuperação.


Sua apresentação foi toda baseada na nova utilização e suporte dos arquivos que demonstram claramente que a documentação é sempre necessária para preservar e fazer a mediação entre arte e os media. E particularmente destacou que a mediação online complementa as lacunas existentes no offline. Servindo em especial aos serviços de educação e pesquisa.

A comunicação Interpessoal, a mediação do Telemóvel (Aula 16, Turma 1)

Na aula do dia 15 de Abril de 2010, estudamos como o telemóvel vem influenciando e modificando o quotidiano das pessoas. Foi a tecnologia adquirida mais rápida pela população mundial. O telemóvel cada vez vem sendo mais personalizado para ficar com a ‘cara’ do seu dono, sendo único e refletindo a personalidade do mesmo. Os que faz com que as pessoas sejam reconhecidas pelo seu número, sendo uma extensão de seu utilizador.

É uma comunicação pessoal, privada e próxima. Tendo uma ligação com o corpo, por estar sempre perto, podendo ser considerado um membro do corpo humano. É uma tecnologia reservada, o conteúdo é exclusivo de seu usuário, que acaba, muitas vezes, por ser compartilhada com os amigos.

Com o telemóvel vem substituindo a voz, causando uma falta de comunicação verbal que é substituída por emoticons. Uma palavra fora de contexto pode causar uma outra repercussão para aquele que escuta, por isso exige maior atenção. É uma comunicação instantânea, pois quando recebemos uma mensagem ou ligação ficamos na obrigação de responder causando um efeito contágio. Temos muitos contatos na agenda, mas normalmente o utilizamos para falar com pessoas mais próximas, com quem temos contato constante.

Existem diversas maneiras de evitar a justaposição, como não atender, atender em um espaço reservado, falar com um e pedir uns minutos para o outro, colocar no viva voz.
Ao longo dos anos se tornou conveniente para as pessoas adquirem o telemóvel, assim conseguimos estar sempre em contato com outras pessoas, se sentido próximo dos amigos.

Ciclo de Conferências na Universidade Católica: Arts of Meditation


Nos passados dias 17 18 e 19 de Março a Faculdade de Ciências Humanas (FCH) da Universidade Católica recebeu o ciclo de conferências Arts of Meditation.

Este ciclo de conferências contou com a presença de oradores nacionais e internacionais que defenderam diferentes prespectivas da arte de mediação na sociedade actual.
O primeiro dia foi marcado pela presença da Prof. Carla Ganito, docente da FCH, que desenvolveu a ideia do telemóvel como instrumento de premediação, um verdadeiro “canivete suíço”, que incorpora um sem número de funções e cada vez mais direccionado para as redes sociais.

Richard Grusin, Professor da Wayne State University, nos Estados Unidos abordou o tema Premediation, Affect and the Antecipation of Security. O professor Americano desenvolveu a ideia de que os media assumem cada vez mais um papel importante na sociedade, influenciando a premediação de eventos. Além disso, enfatizou a maior utilização das tecnologias no panorama social, associando-as à integração de indivíduos numa sociedade colectiva.
Rita Soares (130307088)

Tuesday 20 April 2010

A RTP Açores e a Identidade Local Açoreana



A RTP Açores é um espaço de publicação e propagação da Açoreinidade, afirmou a Catarina Burnay em conferência na UCP.


A Doutora, que realizou estudos na área de produção e recepção, defendeu que a RTP Açores é um canal de mediação entre a realidade local do arquipélago e seus telespectadores. Sua principal função seria criar uma identificação por parte da recepção, de forma que a realidade fosse apreendida como espelho.


As conclusões da pesquisadora tomaram por base teorias semióticas da comunicação como a do Encoding/Decoding e modelos de análise com intuito de explicar o processo.


A pesquisadora ainda salientou a presença de quatro elementos de identificação dessa Açoreinidade: o oceano; a areia vulcânica (presença constante por todas as ilhas); o milhafre (ave muito comum na região); e o enxofre (relacionado aos Geisers presentes no arquipélago).


Esse processo de Açoreinidade e seus elementos estariam presentes em toda a programação da RTP Açores, em especial nas obras ficcionais, com destaque para as telenovelas.


Burnay, que é pesquisadora e Doutora do Centro de Estudos de Comunicação e Cultura da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa, foi uma dos muitos pesquisadores presentes no ciclo de conferências, Arts of Mediation, realizado nos passados 17, 18 e 19 de Março, no Campus Palma de Cima da Universidade Católica Portuguesa.

130306127

Aula 16: A Mediação do Telemóvel (15/04/2010)


Na última aula, estudamos as mudanças e efeitos nos hábitos da sociedade a partir do advento do telemóvel. O aparelho celular é um bem pessoal, privado, próximo, único e personalizado, sendo assim, reflete a identidade e o estilo de vida de quem o utiliza. De acordo com Ling, esse, que já virou um acessório indispensável ao nosso dia-a-dia, é na verdade uma extensão do seu utilizador, além de atuar como o mediador por excelência da comunicação interpessoal.

Na sociedade pós-telemóvel, cada indivíduo corresponde a um número de telefone, e vice-versa. Dentro da agenda telefônica é possível armazenamos mais de uma centena de contatos. Porém, curiosamente, pesquisas revelam que, em média, apenas 5 pessoas da lista são as que realmente recebem nossas ligações com frequência. Além de ter um efeito de contagio, o telemóvel nos impõe uma obrigação de retribuir as comunicações de que somos alvo, aumentando, assim, a interação.

Além disso, a mobilidade e a disponibilidade constante do telemóvel favorecem a comunicação por impulso, instantânea e emocional. Talvez sejam essas as razões pelas quais a necessidade ou o desejo de atender um telefonema é sempre maior do que de manter uma conversa face a face.

Uma vez que está sempre próximo ao corpo, vale ressaltar a adesão do telemóvel como um artigo de moda. Hoje já existem diversos acessórios decorativos, como capinhas e outros enfeites, feitos para deixar o aparelho "a cara do dono".

A comunicação mediada por telemóvel é motivada não apenas pela sua conveniência, mas também pela idéia de nos sentirmos sempre acompanhados. Segundo Bauman, vivemos uma "modernindade líquida", em que os compromissos deram lugar às relações em rede e as pessoas necessitam de laços sociais mas adaptáveis à incerteza e a velocidade. Ling vai ainda mais longe e defende que ao favorecer a flexibilidade das relações, o telemóvel acaba por reforcá-las.

Aula 15: A Comunicação Interpessoal Digital, as Redes Sociais (14/04/2010, Turma 1)

No dia 14 de Abril, foi iniciado um novo tema em aula: as Redes Sociais na Comunicação Interpessoal.

A comunicação Interpessoal nada mais é que a ligação entre duas ou mais pessoas. Ou seja, podemos considerar-nos ligações de rede, falamos uns com os outros, interligando-nos. Os humanos tende a se agrupar para sobreviver, tornando cada vez mais as ligações complexas e extensas, assim como as redes sociais.

Desde os primórdios da Internet já existiam redes, tais qual MiRC e ICQ, que facilitavam a comunicação entre as pessoas, mesmo que não se conheciam. Hoje em dia, as redes sociais estão cada vez mais seletivas e individualizadas, pois, com ferramentas como o Messenger, tu escolhes com quem queres te comunicar e quando. Tal qual o Facebook e o Orkut, onde tu selecionas apenas as pessoas que tu queres compartilhar tuas informações.

Em diversas redes sociais podem ser criadas diversas identidades, onde a pessoa online se difere da pessoa offline; também, no mundo virtual, se cria uma frequencia de comunicação, ou seja, não falamos com mais pessoas, mas sim com as mesmas mais vezes.

Também há a expansão das redes, a Lei de Metcalfe (meados de 1980), onde afirma-se que o valor de uma rede é exponencial ao aumento dos seus membros. Podemos citar como exemplo o Twitter, que há menos de um ano atrás era utilizado por poucas pessoas e as mesmas ao convidarem amigos e conhecidos, começou a se tornar "febre" mundial; os "twitteros" de plantão não ficam mais de um dia sem entrar em sua página, seja para escrever algo ou se informar. Ele também está sendo de grande ajuda para grandes empresas, onde ouvem críticas de seus seguidores ou informam sobre algo relacionado à empresa.

Podemos dizer que o Twitter, onde cada um escreve seu interesse, cria sua página do seu jeito, está o que Castells afirma chamar-se de individualidade de rede: cada pessoa cria sua rede, com seu estilo, jeito, características; tornando-a cada vez mais pessoal; também temos como exemplo os blogs.

As redes sociais podem não ser as mesmas em cada canto do mundo, mas pode-se dizer que cada uma, do seu jeito, facilitou e continuará facilitando a vida de cada membro que possui. Seja para uso pessoal ou profissional.


Júlia Carvalho
139109652


Arts of Mediation

A Faculdade de Ciências Humanas, da Universidade Católica em Lisboa, recebeu nos dias 17, 18 e 19 de Março o ciclo de conferências Arts of Mediation, que contou com oradores nacionais e também estrangeiros, que abordaram diferentes perspectivas sobre a mediação na sociedade contemporânea e sua importância.
No primeiro dia do ciclo de conferências, Carla Ganito, docente na faculdade, elucidou o seu público sobre o telemóvel como instrumento de premediação. Referiu-se a este como um autêntico “canivete suíço”, que não só serve para a realização de chamadas, seu primeiro uso inicial, mas cada vez se encontra mais ligado à vertente social, nomeadamente no que diz respeito às redes sociais como o Facebook ou no contexto profissional as videoconferências. Referiu ainda a questão emocional, a forma como cada pessoa se relaciona com o telemóvel e como o utiliza com o exterior.

Arts of Mediation: Richard Grusin



Nos passados dias 17, 18 e 19 de Março, teve lugar no Campus Palma de Cima da Universidade Católica Portuguesa um ciclo de conferências dedicadas ao tema Arts of Mediation. Com o intuito de abrir uma discussão sobre o impacto dos media e dos meios tecnológicos na sociedade em que vivemos.


Num evento que contou com a paticipação de oradores nacionais e convidados, foi aberta sessão com a contribuição de Richard Grusin, Professor da Wayne State University, nos Estados Unidos. Abordando o tema Premediation, Affect and the Antecipation of Security, Grusin transmitiu a sua ideia de que os media assumem um papel cada vez mais importante na sociedade, influenciando assim a premediação de eventos futuros.


Como especialista em comunicação digital e nos estudos dos media, Richard Grusin enfatizou a cada vez maior utilização das tecnologias no panorama social, associando-as à integração de indivíduos numa sociedade colectiva. Refere a premediação como um factor de segurança na sociedade.

Paula Zolini

130308023

Monday 19 April 2010

Arts of Mediation: Premediation, Affect and Antecipation of Security


Na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa, teve lugar nos passados dias 17,18 e 19 de Março, um leque de conferências: Arts of Mediation, cujos temas evidenciaram a importância da mediação tecnológica nos nossos dias.
O professor da Wayne State University, Richard Grusin, foi o primeiro orador desta série de conferências. Abriu a sessão expondo o tema Premediation , Affect and Antecipation of Security, onde refere a influência que os media, principalmente a internet, possuem sob a sociedade contemporânea, e a forma como se relaciona com ela depois da fatalidade do 11 de Setembro. Grusin iniciou esta questão apresentando o seu livro: Affect and Mediality in America after 9/11.


Com este tema o professor foca a teoria da segurança oferecida pelos media neste mundo repleto de informação. Nasce assim um current security regime proveniente de uma constante utilização dos media e redes sociais, como é o caso do facebook e twitter, que se estabelece por meio de uma premediação de um acontecimento. É feita deste modo, uma avaliação dos nossos comportamentos e das nossas acções, que por sua vez irá proporcionar uma sensação de segurança e prazer à sociedade contemporânea.
Surge assim uma ideia de antecipação e prevenção orientada para o futuro cedida pelos media, e que, emergiu devido às necessidades da vida da sociedade actual.
Carolina Sampaio- nº 130307039

Ciclo de conferências “Arts of Mediation”

A conferência “The Mobile Phone as a Tecnology of Premediation”, decorreu no passado dia 17 de Março na Universidade Católica Portuguesa, inserida num ciclo de conferências intitulado Arts of Mediation. A sua oradora foi a professora Carla Ganito que desenvolveu a ideia de que o telemóvel é um elemento de premediação da comunicação.


Carla Ganito apresentou o telemóvel como um objecto que já faz parte do quotidiano da sociedade, uma vez que este preenche muitas das necessidades humanas, sobretudo as comunicativas e emocionais. É ainda um objecto que veio substituir outros, uma vez que tem agenda, alarme, agenda de contactos ou mesmo máquina fotográfica.

A oradora afirmou que o telemóvel é um objecto de premediação uma vez que ao seu utilizador compete a definição da informação que pretende obter e à qual prestar atenção. Depende ainda do seu utilizador a escolha da informação a fornecer, tendo sido dado o exemplo das SMS. Este processo comunicativo permite uma maior ponderação da informação a revelar e permite ainda a escolha do momento da partilha.

O telemóvel tornou-se um objecto banal do quotidiano mas a influência que tem na comunicação é bastante relevante, uma vez que se tornou um objecto de premediação e de negociação da mesma.
Ana Rita Barata - Nº 130307139

Sunday 18 April 2010

"We all are journalists today"

" We all are journalists today "! Foi com esta provocação feita perante uma audiência de estudantes de jornalismo, que Michael Schudson chamou à atenção para uma das mais significantes alterações que têm vindo a acontecer no mundo do jornalismo. Assistimos a um esbater das fronteiras que têm definido o jornalismo. Michael Schudson, conceituado professor da Universidade de Colombia, esteve no passado dia 19 de Março na Universidade Católica Portuguesa por ocasião da Conferência Arts of Mediation.

Schudson evidenciou algumas das características que fazem do jornalismo um género cada vez menos nítido e que contribuem para transformações profundas face ao modelo convencional e para a emergência de um novo conceito de jornalismo.

As barreiras fixas, que outrora existiam, entre o escritor e o leitor tendem a desaparecer com a grandeza do universo interactivo da Internet, no qual qualquer um pode publicar as suas próprias notícias. Por sua vez, este favorece ainda uma desconstrução do próprio conceito de notícia e dos seus géneros, levando a uma difícil distinção entre os mesmos. Um outro aspecto apontado pelo professor norte-americano é a possibilidade de uma complementaridade entre o profissional do jornalismo e o amador, podendo este ser como um co-worker do primeiro. Michael Schudson constatou, ainda, o atenuar da distinção entre empresa pública e privada nas empresas de comunicação.

Em suma, o sociólogo norte-americano apresentou-nos a sua interpretação do cenário jornalístico actual, alertando-nos para a efectiva transformação do próprio conceito ‘jornalismo’.



Aula 15 - Turma 2

O texto “The 2008 Obama Presidential Primary Campaign” revela o impacto que os novos media tiveram na campanha de Barack Obama. Considerada a “the first network campaign”, a utilização da internet tinha como fins específicos o de informar e promover interacção política, contra-argumentar os rumores que circulavam sobre o Presidente, alimentar os restantes media e debates. Era ainda um método fácil e controlado para as doações individuais que suportavam a campanha.

Isto provocou alterações no próprio panorama político, revelando-se um elevado activismo internauta dos apoiantes de Obama: jovens eleitores mais activos; comunidade afro-americana mais activa; maior participação feminina; sedução das elites bem sucedida.

Barack Obama utilizou na sua campanha diversos sites. Barackobama.com, com um layout dinâmico e actual, revela os destaques nacionais e as primeiras páginas dos jornais. Através do Twitter Obama informa sobre as questões que, em cada momento, lhe parecem ser mais importantes para resolver a crise económico-social nos EUA. Com o Facebook faz um tipo de comunicação semelhante à observada no Twitter.

A campanha na Internet de Obama mudou o mundo da política e permitiu um maior envolvimento de todos aqueles que apoiam o Presidente.

As redes sociais, assim como os telemóveis têm tido um grande impacto na comunicação interpessoal (comunicação directa entre duas pessoas). O conceito de rede social generalizou-se muito recentemente, e antes da internet as nossas redes sociais eram muito mais restritas.

As redes mais abertas permitem acesso a mais informação enquanto que as redes pequenas e mais fechadas são menos úteis. Assim como é importante fazer parte de várias redes, é também muito importante que se criem algumas relações mais fortes dentro dessas redes.

As redes sociais fazem hoje parte da vida de todas as pessoas, permitindo-lhes trocar ideias e conhecimentos, alargar e fomentar relações, permitindo-nos sentir aceites.

Arts of Mediation- Meaning(s) and Mediation [T2]



A Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Católica Portuguesa, organizou o programa Arts of Mediation, que consistiu na execução de vários seminários sobre o tema que seu o título deixa transparecer: a mediação.
Este programa realizou-se durante três dias consecutivos - 17, 18 e 19 de Março. No seminário Meaning(s) and Mediation, coube à professora Carla Ganito discursar sobre a problemática do telemóvel no nosso quotidiano - The Mobile Phone as a Technology of Premediation.
Este dirscurso descreveu o telemóvel como uma tecnologia de premediação que cria um social bound, que representa uma espécie de canivete suíço sem o qual nos sentimos perdidos ( exemplo do telemóvel W508 - telemóvel fictício que serviria todas as nossas necessidades). O mesmo discurso permitiu-nos ainda chegar à mesma conclusão que Castells: que o telemóvel é um indicador da sociedade em rede, cujo uso estabelece um nó na sociedade, um nó que pode criar ou recriar novas redes dependendo da forma como utilizamos a tecnologia em questão. Esta é utilizada como um instrumento de segurança, uma vez que nos permite uma permanente ligação a tudo, oferecendo uma interacção em que o uso ultrapassa o contexto.
Tal como Humberto Eco constatara e tal como foi referido pela professora Carla Ganito, as tecnologias possuem diferentes usos que não podem se previstos. Estes dependem dos seus usuários, que actualmente tendem a assumir cada vez mais um papel de prosumers, um papel que explica o porquê da ineficácia das video-conferências e em contrapartida o sucesso das mensagens escritas.

Arts of Mediation: "A Costa dos Murmúrios" pela Professora Adriana Martins


Nos passados dias 17 a 19 de Março teve lugar, na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa, um conjunto de conferências denominadas Arts of Mediation.


É neste âmbito que a Professora Adriana Martins faz referência ao Filme “A Costa dos Murmúrios” de Margarida Cardoso. A história do filme, que é uma adaptação do romance de Lídia Jorge, tem lugar nos anos 60 e retrata a história de Evita, uma rapariga que vai para Moçambique durante a guerra colonial por ser recém casada com Luís que cumpre serviço militar.

A professora Adriana Martins faz uma abordagem sobre a visibilidade e invisibilidade da guerra partindo da perspectiva daqueles que nela não estiveram presentes. Durante a sua conferência a Professora analisa a estratégias cinematográficas que são usadas para representar a guerra colonial de forma diferente, dando ênfase a questões relacionadas com o género.

Para finalizar, a Professora interpreta a forma como o filme faz um retrato de Portugal no período pós-colonial realçando o facto do país não conseguir livrar-se dos seus fantasmas de guerra. Ainda neste seguimento, a Professora Adriana Martins analisa a forma como o filme revela e desmonta a ideologia imperialista da Sociedade Portuguesa.

Inês Matoso nº130307108 Turma 1

Richard Grusin:
Premediation, Affect and the Antecipation of Security

Nos passados dias 17, 18 e 19 de Março a Universidade Católica Portuguesa de Lisboa serviu de palco ao ciclo de conferências: Arts of Mediation. Este evento contou com a presença de oradores não só nacionais como também estrangeiros, cujos discursos focaram a importância e o impacto da mediação tecnológica na sociedade contemporânea.

Richard Grusin, professor na Wayne State University nos EUA, foi o primeiro orador a tomar a palavra. Com o tema: Premediation, Affect and the Antecipation of Security, dedicou-se a apresentar o seu novo livro: Affect and Mediality in America after 9/11, onde destacou a tragédia do 11 de Setembro como factor decisivo de mudança na forma como a sociedade se relaciona com os media e como os incorpora no seu quotidiano.

Utilizando a expressão "gestos antecipatórios de midiafilia", Grusin referiu o porquê de os media serem vitais para a sensação de segurança vivida por parte da sociedade, explicando que esta apropriação dos media pelos indivíduos, traduzida em gestos rotineiros como ver os emails, conferir o telemóvel para ver se há novas mensagens ou consultar a conta no Facebook, lhes permite, de certa forma, premeditar os efeitos de um acontecimento de modo a assegurar a sua segurança e o seu bem-estar.

Esta ideia de antecipar o que poderá vir a acontecer de forma a "prevenir em vez de remediar" associa-se à necessidade vigente da sociedade em controlar o seu meio envolvente para se poder proteger da surpresa e do choque, ao contrário do que aconteceu com a fatalidade inesperada do 11 de Setembro. Assim, esta nova sensação de segurança proporcionada pelos media funde-se, nos dias de hoje, com a dependência dos indivíduos em terem as pessoas e o mundo à distância de um clique.

Maria Malheiro - 130307011 (turma 1)



Saturday 17 April 2010

Aulas 15: As Redes Sociais (14-04-2010, Turma 2)

Na última quarta-feira começámos a estudar um novo tema: o impacto das TICs na Comunicação Interpessoal da actualidade. A Comunicação Interpessoal é a comunicação directa entre duas pessoas, que pode acontecer no âmbito das relações pessoais e/ou profissionais. As duas tecnologias que têm tido maior influência neste tipo de comunicação são as redes sociais e o telemóvel.

Relativamente ao termo "rede" em si, este não traz nada de novo. Já com tecnologias como o Mirc se utilizava este conceito para definir uma comunidade que juntava pessoas com interesses em comum. Mas, enquanto antes as redes estavam mais restringidas pelo tempo e pelo espaço, agora com a Internet estas são facilitadas e surtem um maior efeito nos relacionamentos entre as pessoas. Portanto, um "rede social" não é mais do que um conjunto de relações entre indivíduos, onde é a comunicação que as torna valiosas.


Manuel Castells foi o primeiro a lançar o paralelismo entre uma rede tecnológica (Internet) e a sociedade; ou seja, para ele é a Internet que explica a forma como a sociedade está estruturada. Esta teoria surge pelo facto do teórico observar que há cada vez mais uma sobreposição da rede tecnológica com a social (Exemplos: telemóvel, Internet Wireless, computador portátil, iPhone, Facebook/Twitter/MySpace.)

No final da década de 90, Howard Rheingold foi um dos primeiros a estudar o impacto do telemóvel nas redes sociais. O teórico percebeu que à medida que o número de ligações bidireccionais aumenta, o valor dessas relações também aumenta, uma vez que há um menor esforço para disseminar uma mensagem desde a criação de "grupos" nas novas aplicações.
Por sua vez, Pareto chega à conclusão de que agora são distribuídos menos recursos por um maior número de pessoas, e aplica este princípio - Princípio dos 80/20 - a diversas realidades.

Por outro lado, o psicólogo Stanley Milgram descobre que, em média, um e-mail percorreria seis pessoas até chegar ao destinatário; isto é, aquilo que separa um cidadão comum de outro são só seis pessoas. Contudo, se estivermos a falar da distância entre dois conectores (os componentes mais importantes que favorecem a ligação entre diferentes redes), estes estão separados apenas por duas pessoas do mesmo meio. Esta teoria vem suportar a ideia de que o mundo é realmente pequeno.

Por fim, segundo a Lei de Metcalfe (cerca de 1980), uma rede tem tanto mais valor quanto mais pessoas contem e, por sua vez, é uma mais valia pertencer a uma rede a que a maioria das pessoas pertençam. Para além disso, as redes podem sobrepor-se, complementar-se e aumentar o valor uma das outras. Por exemplo, há pouca mais de três anos, o Hi5 era a aplicação preferencial; mas depois foi totalmente ultrapassada pelo Facebook. Este fenómeno designa-se por "externalidade das redes."
Maria Oliva, nº 130307135