
O telemóvel representa, hoje, uma grande parte do nosso quotidiano, devido à sua “natureza tipo canivete suíço”. Primeiro, tende a completar uma das principais necessidades da natureza humana, a comunicação. E segundo, coloca ao nosso dispor as mais variadas ferramentas, desde a câmara fotográfica à calculadora, da ligação à Internet à agenda. Cada uma dessas tecnologias tem usos distintos nas diferentes situações, e é imprevisível. Isto, uma vez que cada uma delas têm as suas próprias identidades, dependendo de quem as utiliza, e da relação que se estabelece entre a tecnologia, o utilizador e o contexto.
Outro factor importante, diz Carla Ganito, é o de que a nossa relação com o telemóvel é também emocional, o que tem um efeito profundo no nosso contexto. Podemos com ele reconfigurar o nosso espaço, e criar barreiras. Controlamos a informação que nos chega, e criando “portais”, uma vez que este se encontra dentro da rede tecnológica.
Como exemplo do sucesso do telemóvel, Carga Ganito mencionou o grande impacto que tiveram as mensagens SMS, que não eram para ser uma característica principal do aparelho. Segundo Ganito, isto deve-se à sua natureza não-intrusiva, pois “escolhemos o que mostrar e o que esconder”. É silenciosa, fácil para se dizer algo difícil, podemos ponderar, escolher como e quando responder. Aliás, a nossa comunicação oral tem-se visto constrangida pelo uso dos SMS.
Já a videoconferência, que faz parte do nosso imaginário, apareceu em filmes, livros e outros meios, muito antes de se ter tornado uma realidade, nos anos 30, pela mão da americana AT&T. No entanto, as pessoas não se sentiram confortáveis em serem vistas, o que a levou a ter sucesso apenas no mundo dos negócios.
O Ser Humano tem, assim, tentado proliferar o mundo com os media, num paradoxo constante entre o nosso sonho de media e tecnologia, e a tentativa de transmitir o maior número de realidade possível. Com isto já nada nos surpreende, temos o Google Earth, temos GPS, temos telemóvel.
Ana Sabino, Nº130307145, Turma 2
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