Tuesday 8 June 2010

Aula de Comunicação Digital sobre a Pedofilia na Internet

Os mais jovens têm aderido em massa às novas tecnologias, em especial à Internet. São tão inegáveis os benefícios que este recurso lhes trouxe, como também passaram a ser conhecidas as implicações negativas na sua formação, sendo este um aspecto que preocupa pais e educadores.


Esta preocupação é tanto maior, quanto menos conhecimentos têm eles próprios das tecnologias da informação e comunicação que, na sua maioria, os jovens dominam e utilizam.

Assim, os pais naturalmente não se apercebem, nem tão pouco sabem detectar as situações de risco a que os filhos estão vulneráveis. Muitas vezes são alertados por notícias transmitidas pelos média e sentem-se angustiados, quer pela sua incapacidade de analisar, quer de actuar, no caso de se aperceberem de utilizações perigosas da Internet.

A prevenção é o único meio que pode ajudar a evitar a utilização negativa deste recurso e prevenir implica informar. Sabemos que actualmente as crianças começam muito cedo a usar as novas tecnologias, pelo que há que começar logo a tarefa da prevenção.

Neste campo, pais e educadores desempenham um papel fundamental e, embora até possam não dominar estas áreas, é importante que se sentem em frente a um computador, lado a lado com os filhos e explorem os recursos.

Não podemos esquecer que, por razões de idade, as crianças e adolescentes têm uma elevada tendência para a curiosidade, o que associada à ingenuidade lhes pode ser muito nocivo.

Para além de tudo, há que ensinar/definir claramente com as crianças e aos jovens, o que faz parte do público e o que é do âmbito do privado e do íntimo. Assim, o corpo de qualquer um é do domínio do íntimo, e só deve ser mostrado em contextos contexto muito particulares.

Despir-se para uma Webcam, sem sequer conhecer quem está do outro lado, é algo que nunca não deverá ser feito, já que essas imagens uma vez captadas ficam fora do controle e podem ser difundidas livremente na Net, ou até serem usadas como arma para o Cyberbullying.

Os perigos da Internet não existem só na informação estática (textos, fotos) mas também de conteúdos interactivos e de conversas na rede. É muito fácil um adulto fazer-se passar por alguém mais novo e deste modo conquistar a confiança de um jovem.

Daí a aceder a informações como o número de telefone e local de residência é um passo muito pequeno. Os indivíduos que circulam na Internet movidos de más intenções, habitualmente utilizam estratégias que passam muito por mostrar uma total disponibilidade para ouvir os relatos dos jovens, demonstrando carinho, amabilidade.

Com alguma frequência oferecem bens materiais, como telemóveis, jogos ou até dinheiro. As conversas rodam em torno de assuntos que suscitam o interesse dos jovens, como seja a música ou passatempos.

Sabendo da curiosidade sobre temas relacionados com o sexo, exploram também esse campo, através quer de conversas descontraídas, quer da divulgação de imagens pornográficas.

É também muito comum fazerem-se passar por figuras públicas, em sítios como o HI5. Basta criar um falso perfil, colocar uma fotografia de um actor ou cantor admirado pelos jovens. Depois é ir lançando pedidos de amizade, que começam no plano virtual mas, facilmente passam para o real.

O HI5 e outras redes sociais, são um paraíso para os pedófilos. Trata-se de uma espécie de “catálogo” onde é fácil escolher a presa, já que existem crianças e jovens que colocam fotografias sugestiva (por vezes em fato de banho, ou mesmo em lingerie).

Quem resiste depois à tentação de ir-se encontrar com o seu ídolo? A surpresa surge, quando no local se deparam com um completo desconhecido!

A ingenuidade e a curiosidade, são amigas do risco. Por isso há que ensinar os seus filhos a correr riscos controlados, ou seja, a navegar na internet e a aproveitar o que ela tem de magnífico, sem se deixar enredar nas redes dos predadores sexuais que por ali proliferam.

Por isso nunca se deve confiar no que um estranho diz quando comunica através da Internet; nunca enviar fotografias por e-mail, a pessoas que não conheçam pessoalmente; não fazer amizades com pessoas que tenham conhecido através da Internet; nunca divulgar informação pessoal que sirva para os identificar, (exs: nome, endereço, o nome da escola que frequentam ou números de telefone); nunca divulgar hábitos dos pais (ex: quando não estão em casa…)

Os pais necessitam de estar atentos ao surgimento de mudanças comportamentais, ou mesmo ao nível de hábitos, que possam constituir sinais de alerta. Em regra, os indícios são cinco:

O jovem tendencialmente acessa à Internet até altas horas da noite; começa a receber (ou a fazer) chamadas telefónicas para números desconhecidos e a receber prendas, ou encomendas, sem que se saiba de quem; vive quase sempre trancado no seu quarto e deixa de querer interagir com a família; quando alguém entra no quarto, desliga o computador abruptamente, ou muda de página.

Caso as suspeitas comecem a avolumar-se, a primeira coisa a fazer é sempre falar com a criança ou adolescentes sobre a situação. Há que explicar-lhe as razões da sua preocupação, dando-lhes exemplos reais de crianças e jovens que foram vítimas de aliciadores sexuais.

Num segundo momento, peça ajuda a alguém que domine a área da informática de modo a conseguir perceber se existem conteúdos pornográficos armazenados no computador, ou se o histórico dos sites visitados lhe aponta para alguma direcção mais perigosa.

Verifique também todo o tipo de acesso a comunicações electrónicas online (chat rooms, fóruns, Messenger) que os seus filhos têm mantido, assim como o seu correio electrónico (e-mail).

Está provado que muitos aliciadores entram em contacto com as suas vítimas nas salas de conversa. Caso se confirmem as suas suspeitas, não hesite em recorrer às autoridades policiais.

Mantenha então o seu computador desligado para conservar as informações que a polícia possa utilizar. Não copie nenhuma das imagens ou textos do computador, a menos que a polícia lhe indique que o deve fazer.



Alice Ribeiro

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