Tuesday 8 June 2010

Web 2.0 - Evolução ou revolução?

Evolução ou revolução? Esta é a principal questão que se coloca ao sermos confrontados com a Web 2.0. Se por um lado estamos perante uma forma de entender a WWW que mais não é do que a adopção de um sistema aberto e disponível para todos os utilizadores, à semelhança do que acontece desde os primórdios dos sistemas operativos como o Unix, e deste ponto de vista estaríamos perante uma mera evolução, não podemos deixar de ter em conta que a evolução da Web 2.0 operou uma verdadeira e própria revolução que ultrapassa as fronteiras da internet, repercutindo-se na concepção que temos de relações sociais, amorosas, profissionais, educacionais, entre outras.
O surgimento da Web 2.0 acarretou consigo a alteração de diversos paradigmas, como são exemplo as mencionadas relações sociais e amorosas que durante séculos se basearam na confraternização pessoal e presencia e qual demoraram apenas uns meros anos a transformarem-se em relações à distância, à distância de um mero clique; bem como a educação, desde longa data confiada a livros e à sabedoria de mestres, demorando horas a ser pesquisada e condensada, hoje é de fácil acesso, bastando uma pesquisa, sendo essa mesma informação construída por todos, enriquecendo-se assim a quantidade e qualidade de informação disponível.
Mas quais as consequências de toda esta revolução? Como encarar a devassa da vida privada patente em diversas redes sociais? O que fazer quando se assiste à banalização das relações amorosas? Como formar uma opinião esclarecida quando existem milhões de opiniões dispersas por milhares de blogs?
De facto, a comunicação social noticia constantemente casos paradigmáticos relacionados com a Web 2.0. Basta pensar nas múltiplas situações de fraudes a seguradoras ou a entidades patronais descobertas através das redes sociais. A Web 3.0 começa já a ser uma realidade, onde serão dadas ao utilizador respostas directas que vão de encontro às suas necessidades. Mas parece-me que esta nova plataforma será um perigo ainda maior no que diz respeito à privacidade e às fraudes cometidas online.
Penso que de facto a Web 2.0 operou uma autêntica e própria revolução, revolução essa que ultrapassa em larga medida as barreiras online, tendo profundas repercussões sociais negativas que jamais poderão ser corrigidas.

Ana Filipa Castilho
nº130308079 T1

1 comment:

  1. A revolução é globalizada, a primeira geração da internet representou um importante marco no progresso tecnológico, no acesso à informação e na divulgação de novos conhecimentos. O principal objectivo desta geração estava ligado à grande quantidade de material disposto, ou seja, seguindo a lógica do “quanto mais melhor”.

    O desejo de democratizar ainda mais o conhecimento, assim como o acesso aos softwares e aos sistemas informáticos, alterou as leis que regulavam a internet, criando assim um espaço aberto a todos. A maior diferença é marcada pelo papel do utilizador que deixa de ser um mero receptor, passando a desempenhar um papel mais activo.

    A Web 2.0 é um conceito criado pela empresa O’Reilly Media em 2004, e pretende ser considerada a segunda geração de serviços na internet com destaque para a troca de informação. Esta oferece aos seus utilizadores uma ampla gama de aplicações on-line para os mais variados propósitos, desde aceder a ficheiros, textos, fotografias, ouvir música, ver vídeos e a possibilidade de criar uma social network – uma rede de comunicação entre os utilizadores, através de ferramentas como o Messenger, o Skype, o Hi5, o Orkut, o Facebook e os Blogs.

    O que se passa na Web 2.0 é que não há uma entidade responsável, mas uma responsabilidade que passa a ser partilhada por todos aqueles que desejam intervir no processo de criação, construção e desenvolvimento de cada web. É dizer que cada Web Social está sujeita à utilização que lhe é atribuída. Além do mais, o êxito da ferramenta depende do seu número de utilizadores que irão permitir melhorar o sistema.

    É importante referir também que a maioria dos sistemas funcionam a custo zero, algo que não sucedia até há cerca de 5 anos atrás, portanto, com a Web 2.0 cada um de nós pode ter um pouco de si mesmo on-line, sob diferentes formas.

    É certo que as conversas cara-a-cara perderam a sua importância com o surgimento de novos media, que vieram permitir um imediatismo na comunicação à distância. No entanto, é sabido que os novos media que possibilitaram essa interacção constante, aportam condições que vêm, sem dúvida, beneficiar a forma como moldamos as nossas vidas. O acesso à informação foi muitíssimo facilitado, o que levou a que haja uma constante proliferação de ideias, de opiniões, de troca de experiências.

    Não sei ao certo em que medida é que podemos falar de devassa da vida privada, visto que somos nós próprios a publicar certas fotografias e detalhes da nossa vida no mundo digital. Há que tomar consciência de que ao fazermos posts e ao publicarmos imagens nossas, estamos a dar a conhecer-nos a uma quantidade indeterminável de pessoas, sejam elas nossas conhecidas ou não. Só se poderia falar de devassa da vida privada, se se dessem a conhecer aspectos da nossa vida íntima que não gostaríamos de ver revelados e, sinceramente, acredito que não seja bem este o caso vigente das redes sociais. Para ilustrar esta ideia, que tem que ver com a tomada de consciência e de responsabilidade, gostaria de mostrar um anúncio publicitário que pretende enfatizar os perigos inerentes à internet, mais especificamente, às redes sociais, onde eles estão mais presentes:

    http://www.youtube.com/watch?v=ThxmgXMBpoM

    Provavelmente não nos damos conta que, no nosso dia-a-dia, cada vez que abrimos o computador, nos pômos em contacto com o mundo on-line. É verdade que se criou a possibilidade de todos os cidadãos comuns desempenharem funções activas na produção individual ou colectiva, com outros que se encontram conectados na rede.

    Quanto à Web 3.0, é um conceito que, aparentemente, ainda não está bem estabelecido, mas pretende identificar a organização e a utilização de forma mais inteligente do conhecimento que se encontra disponível na Internetdá maior importância à estruturação dos sites do que ao utilizador. Se trará mais desvantagens do que benefícios, não sei; há que esperar para ver a evolução do meio de comunicação ao qual os jovens atribuem maior relevância.

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