Monday 22 March 2010

The Premediation of Richard Grusin


Arts of Mediation” foi o título da conferência que esteve em voga nos dias 17, 18 e 19 de Março na Universidade Católica Portuguesa – Escola de Lisboa. Muitos foram os oradores de referência que discursaram ao longo destes três dias procurando transmitir e reflectir um pouco mais sobre a hodierna temática da Mediação. Logo no primeiro dia da conferência, pelas 9h45min, alunos, professores e convidados foram presenciados com o discurso do escritor de renome, professor de inglês na Wayne State University, Richard Grusin, sob o tema “Premediation, Affect and the Antecipation of Security”.
Após o seu livro anterior “Remediation: Understanding New Media”, Richard Grusin apresenta agora a obra “Premediation: Affect and Mediality After 9/11”. Richard Grusin cunha o termo “Premediation”, que segundo o mesmo, se reporta a uma extensão das preocupações teóricas do conceito de “Remediation”, tanto históricas no que concerne ao período após o 11 de Setembro, como políticas, devido à forma como esta afecta os meios digitais, em rede e individuais.
R. Grusin organizou a palestra em quatro partes distintas denominadas: premediation and security; anticipatory gestures; media theoria e premediation and politics, onde apresentou os principais fundamentos deste seu novo livro, que transmite novas ideias em relação ao seu trabalho anterior, desenvolvendo os argumentos em três conceitos-chave: premediation, medialidade e afectividade.
O seu discurso foi, para além de proferido de forma exemplar, muito bem estruturado no que concerne à exposição sobre a lógica da Premediation relacionada com a segurança, o modo de antecipação inerente à cultura social dos Media e a infiltração de práticas mundanas na Premediation.
O escritor focou várias ideias, entre as quais destaco: a ideia de mediação como uma condição da existência, uma primeira condição, segundo o autor “A mediação começa com um corpo”. Richard Grusin refere a Premediation depois do 11 de Setembro, pois foi aqui que se verificou uma mudança, uma ruptura, não só nas tecnologias, mas principalmente na segurança tão relevante para o escritor. Como referiu, hoje em dia existe uma transacção tão grande em termos de meios de transporte e de tecnologias que é fácil para um terrorista actuar. R. Grusin relatou, igualmente, que ainda se debate com a antecipação dos Media, pois para ele a antecipação e não a distracção é o que marca o mundo contemporâneo. Narra que num futuro próximo não será necessário ir ao Google maps para encontrar um determinado local, pois as próprias tecnologias ou pessoas em rede nos retiraram as nossas dúvidas mais rapidamente. Outra ideia que referiu mais que uma vez ao longo do seu discurso e, talvez por isso, a mais marcante foi a questão do olhar. “As pessoas não olham para o Mundo, não veêm o que está mesmo à sua frente” refere, “estão agarradas aos meios digitais”.
Como forma de finalizar, deixo-vos o blog de Richard Grusin onde poderão acompanhar as suas reflexões sobre a Premediation: http://premediation.blogspot.com/, e este vídeo onde R. Grusin põe à prova o seu conceito: http://www.youtube.com/watch?v=z-19k2JbcAQ&feature=player_embedded#

Ana Filipa Castilho
nº130308079 T1

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